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Bastidores do mundo dos negócios

IFC se aproxima de dobrar quantidade de projetos na construção com selo sustentável

Marca atesta a capacidade do empreendimento no consumo reduzido de água e energia

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Foto do author Circe Bonatelli
Atualização:
Torres corporativas em São Paulo. FOTO TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  Foto: ESTADÃO CONTEÚDO / ESTADÃO CONTEÚDO

A International Finance Corporation (IFC) - braço do Banco Mundial para o setor privado - está caminhando para quase dobrar o número de projetos imobiliários no Brasil com a Certificação Edge, um selo que atesta a capacidade do empreendimento no consumo reduzido de água e energia. Até hoje, 53 projetos receberam o selo no Brasil, num total de quase 1 milhão de metros quadrados. Há um cronograma de 44 projetos para os próximos meses, num total de mais 548 mil metros quadrados.

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A maioria dos projetos certificados ou em fase de implementação são prédios residenciais. O coordenador global da certificação no IFC, Ommid Saberi, afirmou à Coluna que o Brasil é um dos principais mercados em que a instituição vem trabalhando para difundir as práticas sustentáveis na construção. Na América Latina, a o IFC também atua nessa área na Colômbia e no Peru.

Ao redor do mundo, o foco são economias emergentes, como África do Sul, Índia e Indonésia. Para dar mais tração à iniciativa por aqui, o IFC passou a trabalhar em parceria com o Itaú BBA para estimular o mercado de construções sustentáveis no Brasil. Em junho de 2021, o Itaú BBA lançou o Plano Empresário Verde, que oferece taxas reduzidas para empreendimentos que recebem a certificação preliminar EDGE. Entre as empresas que estão neste plano, estão a Trisul e a Mitre, por exemplo.

Em geral, a adaptação dos projetos para reduzir consumo de água e energia costuma gerar um custo adicional de 1% a 3% à obra - o que dificilmente é repassado para o preço final das moradias, pois isso inibe as vendas, ponderou Saberi. Daí, a redução do custo do capital pode ser uma alternativa para equilíbrio das contas.

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