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Bastidores do mundo dos negócios

Kob negocia levar ‘cartão virtual’ para empresas a 40 novos clientes

Modelo de pagamentos entre companhias está em testes desde o ano passado

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Foto do author Matheus Piovesana
Fernando Ribeiro, da Kob, diz que o custo para as empresas é de 0,8% por transação Foto: Divulgação/Kobold - 14/02/2021

A Kob, nascida dentro da gestora Kobold, negocia entrar em 40 grandes empresas com o “cartão de crédito virtual” que criou para agilizar pagamentos entre companhias. O modelo, operado em conjunto com a Visa, está em testes desde o ano passado com cinco clientes, e movimentou algumas dezenas de milhões de reais desde então. A cifra exata não é informada.

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A Visa manifestou interesse, inclusive, em levar o modelo para outros países. A Kob criou um sistema em que as transações entre fornecedores e compradores de cadeias de suprimento são pagas por uma espécie de cartão de crédito virtual, com número próprio e limite de crédito pré-aprovado. Neste sistema, a Kob cumpre os papéis tanto de emissora quanto de “maquininha”, e a Visa, de bandeira.

A análise de crédito é feita pela Kob a partir do histórico de transações do fornecedor com cada comprador, o que gera limites de crédito específicos para cada fornecedor. Caso a empresa compradora deixe de pagar, a Kob garante, por meio de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), que o fornecedor vai receber. O FIDC se torna o credor final.

O objetivo é levar às transações entre empresas um mecanismo que transformou o cartão no queridinho do comércio nas compras por pessoas físicas: a garantia de recebimento dos valores mesmo que o detentor do cartão não pague a fatura. O fundador da Kob, Fernando Ribeiro, afirma que o custo para as empresas é de 0,8% por transação. Nas cadeias de fornecimento, há mecanismos que dão essa garantia, como o risco sacado, mas eles são mais caros do que isso.

Busca por novas vias de crescimento

O apetite da Visa pela tecnologia se insere em um contexto em que o mercado de pagamentos eletrônicos busca novas vias de crescimento. O fenômeno é global, mas o Brasil desponta porque após anos de expansão acelerada, a troca do dinheiro por cartões ou Pix está chegando perto da saturação, na visão de analistas. O mercado de pagamentos entre empresas tem o potencial de movimentar cerca de R$ 5 trilhões ao ano, segundo executivos do setor.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 19/09/2024, às 18h38.

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