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Bastidores do mundo dos negócios

Magik LZ volta a ganhar tração no mercado imobiliário paulistano

Empresa prevê lançar sete projetos este ano, com valor geral de vendas de R$ 2 bilhões

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Foto do author Circe Bonatelli
Empreendimento da Magik LZ na Vila Mariana, em São Paulo Foto: Reprodução/magiklz.com.br

A incorporadora paulistana Magik LZ, velha parceira da Cyrela, pretende voltar a ganhar tração neste ano após sofrer com o represamento de projetos ano passado, em meio à mudança de regras de licenciamento na Prefeitura de São Paulo. A companhia prevê lançar sete empreendimentos em 2025, com valor geral de vendas total de R$ 2 bilhões. Se confirmado, isso representará um salto na comparação com 2024, quando fez apenas dois, no valor de R$ 400 milhões.

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Apesar dos juros altos espantarem muitos empreendedores, a Magik LZ vê condições de navegar pelas águas turbulentas. “Com os juros em patamares elevados nos próximos dois anos, o mercado tende a se tornar mais seletivo. Somente projetos bem concebidos e com preços alinhados às condições atuais terão demanda e liquidez. Nossos empreendimentos estão dentro desse perfil”, afirma o empresário Ricardo Zylberman, sócio da incorporadora, em entrevista à Coluna.

A Magik LZ faz desde residenciais econômicos - dentro do Minha Casa Minha Vida (MCMV) - até prédios de médio padrão (até R$ 15 mil/m²) e alto padrão (R$ 15 mil a R$ 25 mil/m²). A parceria com a Cyrela foi firmada há 18 anos. Desde então, foram desenvolvidos 55 empreendimentos em conjunto. A Magik LZ entra com o terreno e o conceito do produto, enquanto a Cyrela faz a incorporação, marketing, vendas e backoffice, ficando com a fatia majoritária.

Companhia está animada com o MCMV

Zylberman se diz animado especialmente com o MCMV, dado que as condições de financiamento dentro do programa estão favoráveis, mantendo a demanda dos consumidores aquecida. Do total de sete projetos previstos para este ano, três serão no MCMV, em bairros como a Lapa. O maior ponto de atenção aqui é a subida nos custos de construção, já que o segmento não tem parcelas corrigidas ao longo da obra.

No caso dos outros lançamentos, dois serão no médio padrão (Chácara Santo Antônio e Vila Mascote) e dois de alto padrão (ambos no Campo Belo). Zylberman aponta que o médio padrão está bastante difícil por conta dos juros altos que encareceram o financiamento e fizeram esse mercado encolher. “Esse foi nosso principal mercado por anos. Hoje, para gerar um novo negócio, tem que ter preço de oportunidade, com a compra de terrenos abaixo das condições normais”, conta.

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Zylberman relata estar vendo muitos casos de incorporadores desfazendo compras de terrenos assinadas anos antes porque os projetos perderam viabilidade diante da subida dos juros. “Os distratos têm ocorrido bem mais que no ano passado”, diz, apontando oportunidades de ficar com esses terrenos.

Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 13/03/2025, às 15:00.

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