EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores do mundo dos negócios

Marquise Ambiental vai investir R$ 400 milhões em usinas de biometano

Empresa tem cinco projetos para os próximos três anos, em seis municípios

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Cynthia Decloedt
Atualização:
Centro de Transformação e Tratamento de Resíduos (CTTR) da Marquise Ambiental em Manaus (AM) Foto: Divulgação/Marquise Ambiental

A Marquise Ambiental, terceira maior empresa de soluções e serviços de gestão de resíduos, vai investir ao redor de R$ 400 milhões para geração de biometano em cinco projetos nos próximos três anos. O maior deles está na floresta do Amazonas, para onde serão direcionados cerca de R$ 150 milhões no Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos (CTTR), localizado a 40 quilômetros de Manaus. Outros investimentos em usinas de biometano serão realizados em Osasco (SP), Natal (RN), Porto Velho (RO) e nos municípios de Aquirás e Eusébio (CE).

PUBLICIDADE

A ideia é replicar o modelo já maduro e de referência da Marquise, localizado em Fortaleza (CE). Lá há a GNR Fortaleza, usina de biometano da Marquise Ambiental em parcerias com a MDC Energia. É a única usina de biometano que injeta gás na rede de gás de petróleo e atende 20% de todo o Ceará no consumo de gás.

Os investimentos em usinas de biometano miram um mercado que se abre após a sanção este ano da lei do Combustível do Futuro, que prevê a inclusão de biometano no gás natural comercializado no País a partir de 2026 para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Comercialmente, a Marquise quer ampliar espaço no mercado de gestão de resíduos e biometano e se tornar um player relevante não só no norte e nordeste, mas em outras regiões do País.

Empreendimento no Amazonas é emblemático

O projeto mais emblemático está no Amazonas, uma das regiões do País que tem a maior quantidade de lixões. Em Manaus, o atual aterro municipal está condenado e já perdeu a licença de operação. Em novembro, a Justiça ampliou a vida útil do aterro e recomendou que a prefeitura abra uma nova área de aterro sanitário.

A Marquise mantém conversas com a prefeitura para a prestação do serviço e fomentar a reutilização da cadeia de transformação dos resíduos. Um dos entraves é o custo de transporte dos resíduos até o CTTR da Marquise em Manaus, que está pronto, mas fica a alguns quilômetros da capital.

Publicidade

“Temos a convicção que temos equipamentos de primeiríssimo mundo, onde Manaus estará representada de forma brilhante de transformação de resíduos, podendo atender cidades em um raio de 150 quilômetros”, diz o presidente da Marquise Ambiental, Hugo Nery. A estrutura para o recebimento e transformação dos resíduos já está pronta e, segundo Nery, assim que começar a operar, quase 75% de todos os problemas de resíduos da região amazônica ficam imediatamente resolvidos.

Ideia é fomentar a economia circular

Nery explica que a ambição da Marquise é fazer o maior reaproveitamento possível do que convencionamos chamar de lixo e dar luz à economia circular. “Os centros de transformação oferecem a possibilidade de uso dos materiais depositados, que têm valor agregado, e dar retorno ao mercado dos que são aproveitáveis”, diz.

Esse processo começa na transformação dos resíduos em biogás, que depois de purificado se torna o biometano. Ambos são usados como fonte de energia. A separação de recicláveis para retorno ao mercado é um passo seguinte e ainda, mirando o futuro, o líquido que se desprende do lixo acumulado, o chorume, quando tratado, gera água destilada que pode ser usada em usinas de hidrogênio verde. De acordo com Nery, ao final dos investimentos no CTTR de Manaus, a unidade estará pronta para percorrer todos esses processos.

Além das usinas de biometano, outros R$ 100 milhões serão direcionados a projetos já em andamento de separação de matérias primas para aproveitamento de recicláveis, em Manaus, Fortaleza e Osasco. A previsão é que estejam em pé ao final de 2027. Em Porto Velho, a Marquise está também investindo na construção de um CTTR, onde será instalada uma usina de geração de biogás, envolvendo mais investimentos.


Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 03/01/2025, às 11:15.

Publicidade

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.