EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores do mundo dos negócios

Michael Klein, ex-Casas Bahia, reforça aposta no varejo com investimento de R$ 50 mi em galpão

Empreendimento está sendo construído na zona leste da capital paulista para atender varejistas que trabalham com entregas rápidas

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Circe Bonatelli
Atualização:
Imagem em 3D do projeto de galpão logístico na zona leste da capital paulista Foto: Grupo CB

A Icon Realty, empresa de imóveis comerciais de Michael Klein, ex-Casas Bahia, está tirando do papel novos projetos de galpões logísticos, confiante no crescimento sustentável do varejo no País (tanto o físico quanto o online). A companhia está investindo R$ 50 milhões na construção de um galpão de 10 mil metros quadrados em Itaquera, na zona leste de São Paulo, a menos de um quilômetro da movimentada avenida Jacu-Pêssego.

A maioria desses imóveis fica no entorno das cidades e funciona como centro de armazenamento e distribuição de produtos, mas a localização dentro da capital paulista foi pensada para atender varejistas que trabalham com as entregas rápidas de mercadorias, isto é, aquelas entregas feitas no mesmo dia ou em poucas horas - o chamado last mile do trajeto até o consumidor final. Será o primeiro empreendimento do tipo last mile da Icon Realty.

Família tem tradição na área

Apesar da desaceleração nas vendas do comércio eletrônico, Klein mantém o já conhecido otimismo com o varejo. Filho do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, ele foi o principal acionista e presidente do conselho da Via (dona de Casas Bahia e Ponto Frio) até alguns anos atrás.

Hábitos das novas gerações estimulam aposta

“A longo prazo, o viés de crescimento do e-commerce se mostra robusto e convincente, na medida em que o acesso aos canais digitais está cada vez mais fácil, e as gerações mais novas apresentam uma forte tendência à utilização desses canais”, afirma Klein à Coluna. “Mas não podemos deixar de lembrar que, além de atender ao e-commerce, os ativos de logística também são essenciais para os operadores do varejo físico. Então, entendemos que os ativos de logística são um negócio rentável e sustentável a longo prazo”, emenda.

Empresa trabalha em projeto de condomínio logístico

PUBLICIDADE

A Icon Realty tem mais 11 galpões no portfólio, mas situados nas regiões metropolitanas, como Cajamar (SP) e Duque de Caxias (RJ). Ao todo, o portfólio de galpões tem área de 875 mil metros quadrados, o que coloca a empresa como uma das maiores do setor. Mas quem quiser um espaço, terá de esperar. Hoje, a vacância é zero. Seus principais clientes são varejistas, indústrias, tecnologia e automobilístico.

Publicidade

Para este ano, a Icon também está trabalhando em um segundo projeto ainda maior. Aqui trata-se de um megacondomínio logístico que está em fase final de aprovações, com mais de 800 mil m2 de terreno e a área construída prevista é de 250 mil m2 (o equivalente a quase um terço do tamanho do portfólio atual de galpões). O empreendimento será feito também em Cajamar (SP), conhecida como a ‘Faria Lima’ dos galpões, pela localização nobre, próxima de Rodoanel, Anhanguera e Bandeirantes, a apenas 35 quilômetros de São Paulo.

Icon tem mais de 300 imóveis em 13 Estados

Ao todo, a Icon Realty detém mais de 300 imóveis, divididos entre lojas de rua, shoppings e galpões, em 13 estados. A maioria desses imóveis abrigam lojas das Casas Bahia e que ficaram de fora da fusão com o Ponto Frio (hoje se chama apenas Ponto). Essas unidades da rede varejista fundada por seu pai hoje rendem aluguel e são seu maior cliente. Já a Icon Realty está dentro da holding de Klein, a CB, que também é dona de concessionária carros de luxo e até um tempo atrás também detinha uma empresa de táxi aéreo que acabou vendida.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 17/03/2023, às 15h48

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.