A Sequoia Capital, gestora do Vale do Silício que investe em empresas de tecnologia, pode ter feito o investimento mais rentável do mundo nos últimos anos. Em 2013, aplicou US$ 1 milhão na primeira rodada de captação do Nubank, ainda como "seed capital". Com a abertura de capital do banco, essa fatia aumentou 8 mil vezes e pode valer US$ 8,3 bilhões ou até mais, dependendo do preço de venda da ação no IPO da fintech.
Com o sucesso da empreitada no Brasil, a gestora norte-americana quer ampliar aportes na região, sozinha e em parceria com o próprio Nubank. Esta semana, a Sequoia está anunciando seu terceiro investimento em uma companhia da América Latina, após o banco digital e o Rappi. A escolhida foi a fintech chilena Fintual, fundada em 2018 e que captou US$ 39 milhões na quarta-feira.
Em parceria com o Nubank, o plano é criar um fundo e investir em setores como saúde, telecomunicações e comércio eletrônico. Segmentos nos quais o banco enxerga potencial de quebrar modelos tradicionais e gerar valor, como fez no financeiro.
IPO
A Sequoia Capital vai seguir no Nubank após o IPO (oferta inicial de ações, da sigla em inglês). A relação da gestora com o banco digital é, no mínimo, curiosa. Em 2010, a empresa norte-americana planejava abrir escritório em São Paulo e contratou o colombiano David Vélez, que morava na Califórnia e estudava na universidade de Stanford, a um quarteirão da sede da gestora, para sondar o mercado brasileiro.
Sem enxergar investimentos interessantes naquele momento, a Sequoia desistiu do plano do escritório brasileiro. Vélez, porém, ficou por aqui e resolveu montar o Nubank, após identificar as deficiências no mercado financeiro local. Como conhecia todo mundo na Sequoia, foi fácil convencê-los a fazer o investimento inicial na ideia. Em 2014, a Sequoia participou de nova rodada de captação do Nubank, de US$ 14 milhões. Procurados, Nubank e Sequoia não se pronunciaram.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 04/11/21, às 09h42.
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