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Bastidores do mundo dos negócios

Moove tem demanda para IPO e abre espaço para mais brasileiras em NY

Fabricante de lubrificantes deve ter valor de mercado de US$ 1,8 bilhão na oferta inicial e levantar cerca de US$ 400 milhões

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Fábrica da Moove, subsidiária da Cosan, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro / FOTO: MOOVE  Foto: MOOVE

A Moove, fabricante de lubrificantes do Grupo Cosan, tem demanda para sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), na operação que vai marcar sua estreia na Bolsa de Nova York (Nyse), de acordo com fontes. A companhia deve levantar cerca de US$ 400 milhões, quebrando um jejum de quase três anos de ofertas brasileiras no exterior.

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Também deve abrir espaço para mais empresas irem ao mercado norte-americano. O valor das ações na oferta inicial acontece nesta quarta-feira e a estreia na bolsa americana será na quinta-feira, sob o tíquete MOOV.

O Broadcast apurou que a grande maioria dos investidores que reservaram ações são estrangeiros, parte deles de fundos que carregam a posição, também chamados de “long only”. Os brasileiros apareceram pouco na reserva dos papéis, disse uma fonte ouvida pela Coluna.

Para banqueiros de investimento, o sucesso dessa operação deve estimular outras empresas brasileiras, com receita em dólar, a buscar um IPO no mercado norte-americano, já que o Brasil tende a seguir travado para esse tipo de oferta, em meio a alta de juros.

Já os EUA seguem abertos para novas ofertas: no primeiro trimestre foram feitos 15 IPOs, no segundo trimestre mais 20, no terceiro outros 12. Neste quarto trimestre, já saíram três.

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Banco esperam mais candidatas a IPO em 2025

“Esperamos que no primeiro semestre de 2025 mais companhias brasileiras entrem com protocolo para uma oferta nos reguladores americanos”, disse a fonte.

As candidatas mais prováveis são companhias ligadas à economia real, que gerem caixa e tenha estrutura de capital sólida. A Moove, por exemplo, tem metade da receita em dólar.

A expectativa é que a Moove saia na operação avaliada em US$ 1,8 bilhão, que representa o meio da margem do valor de mercado projetado no prospecto, de 7,8 vezes Ebtida (geração de caixa) de 2025 e 8,5 vezes o Ebtida.

No piso dessa margem, existe um desconto de 30% embutido em relação ao valor de mercado de empresas do mesmo setor listadas lá fora, o que atraiu os investidores.

Serão vendidas 25 milhões de ações, com preço entre US$ 14,50 e US$ 17,50 por papel, conforme o prospecto. Após a oferta, o fundo CVC, que atualmente tem 30%, deve ter sua participação reduzida para 17,1%, enquanto a Cosan seguirá controlando a Moove, com uma fatia de 60,4%.

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Os coordenadores da oferta foram os bancos JP Morgan, Bank of America, Citigroup, Itaú BBA, BTG Pactual e Santander.

O último IPO de uma empresa brasileira em Nova York foi o do Nubank, em dezembro de 2021, quando levantou US$ 2,3 bilhões.


Está notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 08/10/2024, às 16:25.

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