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As negociações entre a chinesa Sinoma Blade e a Aeris, de equipamentos para energia eólica, estão paradas. Com endividamento alto e postergação de vencimentos negociadas com bancos e debenturistas, a companhia segue buscando soluções, que podem envolver uma venda ou aporte de capital pelos atuais acionistas.
Em dezembro, a Aeris confirmou que a Sinoma havia feito uma proposta pelo controle da companhia, hoje nas mãos da família Negrão. No entanto, o desenho oferecido foi considerado inviável, e as negociações foram encerradas. Segundo interlocutores, hoje não há nenhuma conversa. A proposta inicial, de R$ 20 por ação da empresa, segundo uma fonte, não veio “redonda” e tinha algumas inconsistências. A prioridade da empresa agora é colocar a casa em ordem do ponto de vista financeiro.
A Aeris trabalha com um assessor financeiro para buscar um comprador, mas fontes a par do processo consideram o cenário delicado. Além do temor da concorrência com companhias chinesas, que produzem a custos mais baixos, o cenário de juros altos e de investimentos em fontes de energia fósseis cria obstáculos. A empresa está tendo queda importante no faturamento porque o setor, que é ajudado por incentivos fiscais em diversos países, enfrenta problemas no mundo todo.
Saída pode ser aporte de acionistas
Se a venda não sair, fontes avaliam que os acionistas terão de aportar capital na empresa. A Aeris tem um passivo de R$ 1,4 bilhão, dividido entre vários prazos, e conseguiu com debenturistas e bancos adiar para o final de fevereiro pagamentos que estavam programados para janeiro. Procurada, a empresa não se manifestou. A Sinoma Blade não retornou os pedidos de comentários.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 30/01/2025, às 17:41.
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