O principal meio de pagamento nas compras online em todo o mundo são as carteiras digitais e elas devem ganhar ainda mais importância. Pesquisa da Worldpay, empresa de tecnologia para pagamentos, aponta que estavam por trás de 49% das compras pela internet no ano passado, e que devem chegar a 54% em 2026. Populares na Ásia, terra de gigantes como o Alipay, as carteiras digitais movimentaram US$ 18 trilhões em 2022, o que inclui o varejo físico. O cartão de crédito ficou com 20%, e deve cair para 16% daqui a três anos.
Mas os cartões não estão com os dias contados porque são utilizados pelos clientes através das carteiras, diz o vice-presidente sênior da Worldpay na América Latina, Juan Pablo D’Antiochia. De acordo com ele, elas viraram uma espécie de ponte entre estabelecimentos que não aceitam todos os tipos de pagamento e os clientes.
O brasileiro, porém, paga de outro jeito: no ano passado, 39% faziam compras online usando o cartão de crédito, sem intermédio de carteiras, e 24% usavam ferramentas como o Pix, o meio que mais cresce no País. As carteiras respondiam por 18%, ficando com o terceiro lugar.
Cenário não está perdido no Brasil para as carteiras digitais
D’Antiochia diz que o crescimento do Pix não significa que as carteiras não têm futuro no Brasil. Segundo ele, um caminho possível é diversificar, vendendo produtos de maior valor agregado, como o crédito, a partir das informações colhidas com as transações.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 02/08/23, às 17h39.
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