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Bastidores do mundo dos negócios

Oferta de ações da Caixa Seguridade deve ficar para o segundo semestre

Operação pode movimentar pelo menos R$ 1,3 bilhão na Bolsa

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Definição do momento do lançamento das ações dependerá das condições de mercado, que no curto prazo são negativas Foto: Andre Dusek/Estadão - 09/01/2018

A oferta de ações da Caixa Seguridade, a holding de seguros, previdência e capitalização da Caixa Econômica Federal, ficará para o segundo semestre deste ano, de acordo com fontes consultadas pela Coluna sob anonimato. Existia uma expectativa de que fosse possível realizar a operação no primeiro semestre, mas a análise do tema pela Caixa deve estender o prazo.

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A definição do momento exato do lançamento dependerá das condições de mercado, que no curto prazo são negativas, com a perspectiva de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos e uma percepção desfavorável sobre a divisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) no Brasil.

Entre banqueiros de investimento, a perspectiva é de que a eventual oferta saia apenas no final do segundo semestre. Até lá, espera-se que o Fed (o Banco Central americano) comece a cortar os juros nos Estados Unidos, o que abriria o apetite dos investidores para ações. Muitos bancos preveem que o primeiro corte virá em setembro, mas há casas que só veem o corte em dezembro. Também terão passado as eleições presidenciais americanas, que sempre ampliam a volatilidade dos mercados.

Foco agora é na Sabesp

Além da atenção aos próximos movimentos do Fed, que postergou a queda dos juros à medida que a inflação mostrava mais resistência, um banqueiro ressalta que o foco neste resto de primeiro semestre é a operação gigante que vai privatizar a Sabesp, esperada para julho e que pode movimentar até R$ 20 bilhões. Ninguém vai querer disputar a atenção com essa oferta, que será a maior do ano no Brasil e uma das maiores do mundo, comenta esta fonte.

Uma oferta de ações de uma empresa listada até poderia sair agora, mas a um preço que pode não agradar o controlador, diz o diretor de um banco de investimento estrangeiro. Por isso, a recomendação que tem dado a seus clientes é esperar um momento mais favorável.

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A oferta está em estudos pela Caixa desde março. Espera-se que a cúpula do banco público, que detém 82,75% das ações da holding, conclua os estudos e autorize formalmente a oferta em até dois meses. Com o aval em mãos, será possível selecionar os bancos que farão a assessoria da venda de ações, e esperar por uma janela de mercado.

Instituição vai cumprir exigência do Novo Mercado

A operação, se ocorrer, será totalmente secundária, com a Caixa vendendo parte dos papéis que detém. O objetivo é vender uma pequena fatia para fazer com que o porcentual do capital da holding que está em circulação suba de 17,25% para 20%, cumprindo a exigência do Novo Mercado da B3, do qual a Caixa Seguridade faz parte. Aos preços de hoje, para cumprir a exigência, a oferta movimentaria R$ 1,3 bilhão. Não está descartada a colocação de um lote extra, caso haja demanda.

Procurada, a Caixa informou que iniciou a retomada dos estudos sobre a oferta, mas que ainda não tomou uma decisão. O banco não informou o prazo esperado para que o estudo seja concluído.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 10/05/24, às 16h17

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