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Bastidores do mundo dos negócios

Porto busca sócio para braço de saúde e tem negociação avançada com Summit Partners

Empresa procura parceiro minoritário que tenha experiência com novas tecnologias

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Porto Saúde teve lucro líquido de R$ 255 milhões de janeiro a setembro de 2024, alta de 90,3% Foto: Divulgação/Porto - 26/08/2016

A Porto (ex-Porto Seguro) conversa com fundos de investimento para encontrar um sócio minoritário para a Porto Saúde, a operadora de saúde do grupo. Vários participam das conversas mas, de acordo com fontes, um dos nomes com os quais a discussão está mais avançada é o Summit Partners, que tem atuação global e mais de US$ 46 bilhões em ativos sob gestão, e que, no Brasil, fez um aporte na fintech Celcoin. No caso da Porto Saúde, a busca não é por recursos, mas por um sócio com experiência de gestão e com expertise em novas tecnologias. O Santander representa a Porto nas conversas, que podem levar ao fechamento do negócio não com um, mas com mais de um fundo.

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Fontes afirmam que fundos com experiência em empresas que utilizem inteligência artificial e outras tecnologias para a gestão de negócio são um bom exemplo de candidatos em potencial. No caso de operadoras de saúde, essa expertise ajudaria na gestão do dia a dia, com redução de fraudes e custos que pesam no balanço das empresas. Segundo um interlocutor, o Summit Partners costuma ficar com fatias entre 20% e 30% nas empresas em que investe.

As conversas estão avançadas, embora ainda não haja acordo de exclusividade ou negócio concretizado. Fontes acreditam que o acerto sairá nos próximos meses, dado que a discussão é madura dentro da Porto. Na estratégia de criar áreas de negócio focadas em cada setor, a companhia já havia ventilado a possibilidade de buscar sócios para saúde e serviços, dois segmentos de alto crescimento.

Cenário financeiro está tranquilo

Do ponto de vista financeiro, a Porto Saúde tem vivido um cenário tranquilo que a permite crescer. Nos nove primeiros meses do ano passado, o lucro líquido da empresa foi de R$ 255 milhões, alta de 90,3% sobre o mesmo período de 2023, e a carteira de beneficiários subiu para 641 mil, 25% a mais em um ano. A empresa tem mantido uma presença regional mais enxuta para controlar custos e acompanhar a sinistralidade mais de perto, em um cenário em que os custos das operadoras têm subido acima da inflação oficial.

Procurada, a Porto não comentou. O Santander e o Summit Partners não se pronunciaram até a publicação desta nota.

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A Porto dividiu os negócios em diferentes “empresas” em 2022 por dois motivos. O primeiro era dar maior foco a cada um deles, abrindo espaço para um crescimento mais acelerado em áreas como saúde e serviços financeiros. O segundo era dar mais visibilidade ao mercado sobre o desempenho dos negócios que vão além do seguro. Na visão da empresa, era uma condição importante para que esse desempenho passasse a contar para os cálculos sobre o valor justo das ações na Bolsa.

A mesma métrica está sobre a mesa nas conversas com os fundos sobre a Porto Saúde, que representa 17% das receitas do grupo. A companhia ainda não tem definido um valor exato a que desejaria que o negócio fosse avaliado, mas considera que os múltiplos precisariam ser maiores que os dos papéis da Porto listados na B3 para que a operação fizesse sentido. Analistas calculam que as ações da Porto hoje negociam a 8 vezes o lucro por ação esperado para este ano.


Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 28/01/2025, às 16:49.

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