Os fundos de private equity – que compram participação em empresas – carregam um volume de recursos disponíveis para serem investidos (dry powder) recorde e 150% maior do que em 2018, avalia estudo da Bain & Company. O número chama atenção especialmente diante das projeções de que o volume de transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) este ano fique próximo ao daquele ano.
A Bain prevê que os fundos de private equity fechem cerca de R$ 521 bilhões em transações de M&A em 2024, contra US$ 536 bilhões em 2018, e 18% superior aos US$ 442 bilhões de 2023.
A elevação esperada merece, no entanto, algumas considerações. Em número de transações, a realidade é outra e até maio houve uma queda de 4% na comparação com o ano de 2023. Ou seja, o total financeiro projetado não implica que haverá um volume de operações maior. O que está acontecendo até aqui é que o valor médio dos negócios que estão sendo fechados aumentou cerca de 24%, passando de US$ 758 milhões em 2023 para US$ 916 milhões este ano.
Os 1,4 mil entrevistados globalmente pela Bain também não enxergam uma mudança drástica no ritmo de fechamento de negócios até, pelo menos, o final do ano. Cerca de 40% dos participantes desse mercado esperam uma recuperação nos negócios de M&A somente a partir de 2025 ou para além disso.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 29/07/24, às 19h43
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