Roubo de identidade no mundo digital é bem mais comum do que parece, principalmente em bancos. Mais de 60% das tentativas de fraudes identificadas pela Serasa Experian em dispositivos, seja celular ou um computador, são de roubo de contas, que vão desde o cadastro em uma loja eletrônica, ou em serviços de avaliação ou em bancos. E as mais comuns são justamente nesse último segmento: 84% das tentativas de roubo de conta identificadas foram no segmento bancário.
Foi identificada uma tentativa de roubo de conta por minuto em 2023, de acordo com o estudo da Serasa, obtido com exclusividade pela Coluna do Broadcast. Os técnicos analisaram mais de 195 milhões de transações, de bancos, neobancos, fintechs e comércio eletrônico, das quais 700 mil eram tentativas de fraude.
Os fraudadores roubam os dados de acesso à conta e acessam para se fazer passar pela pessoa, que muitas vezes usa uma senha fraca, ou pior, utiliza a mesma senha para várias contas de internet, explica o gerente da Serasa Experian, Luis Tom Haddad. “É alguém que rouba a sua credencial de acesso à sua conta digital.”
Comércio na ‘dark web’
E as contas roubadas muitas vezes são comercializadas na dark web, comenta Haddad. O pagamento dessas contas fraudadas, além de bitcoin, é feito por saldos de pontos a vencer, como nos programas de milhas, das próprias pessoas fraudadas. Como os pontos estão vencendo, as pessoas nem olham como estão.
Além do roubo de contas, a Serasa lançou há um ano no Febraban Tech, evento de tecnologia dos bancos, o fraudômetro, que mede as tentativas de fraudes de identidade no Brasil. A estimativa é de uma tentativa de fraude a cada três segundos. Este ano, até a tarde desta terça-feira, 25, o sistema já identificou 4.845.144 tentativas de fraude de identidade, de acordo com o contador no estande da Serasa da edição deste ano do evento.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 25/06/24, às 16h42.
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