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Bastidores do mundo dos negócios

Sabesp e Eletrobras quebram marasmo do mercado e devem levantar R$ 20 bi

Duas ofertas subsequentes de ações estão programadas para a próxima quinta-feira

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Foto do author Altamiro Silva Junior
Instalações da Isa Cteep no interior de São Paulo; Eletrobras vai vender ações da empresa Foto: Divulgacao/Isa Ceteep

Foram várias semanas sem nenhuma oferta no mercado local de ações, mas este marasmo está perto do fim. Na quinta-feira, 18, duas ofertas de ações bilionárias devem ser fechadas: a que vai privatizar a Sabesp, com expectativa de movimentar mais de R$ 16 bilhões, e a venda de papéis que a Eletrobras tem da transmissora de energia Isa Cteep, uma captação que pode chegar a R$ 3,5 bilhões com a venda de lotes extras.

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A última oferta subsequente de ações este ano foi a da Boa Safra, produtora de sementes de soja, que levantou R$ 300 milhões, com definição de preços em 19 de abril. Depois, o mercado ficou na expectativa da operação da Sabesp e também mais volátil, com ruídos políticos e fiscais no Brasil e adiamento de corte de juros nos Estados Unidos.

As ofertas subsequentes de ações (follow-on) levantaram apenas R$ 4,9 bilhões este ano, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Entre janeiro a junho de 2023, as ofertas de ações somaram R$ 13,5 bilhões. O número de 2024 só não fica atrás do de 2018, quando nenhuma oferta desse tipo foi registrada.

Demanda pela Sabesp supera R$ 60 bilhões

A oferta da Sabesp deve ter forte demanda. Os últimos números que circulavam no mercado falavam que os pedidos de reserva já superavam R$ 60 bilhões, segundo bancos de investimentos. Os novos acionistas irão se juntar à Equatorial na empresa privatizada. O grupo se comprometeu a pagar quase R$ 7 bilhões por uma fatia de 15% da Sabesp, no posto de investidor de referência.

Já a Isa Cteep começou a ser mostrada para os investidores em reuniões na sexta-feira, 12. Uma tentativa anterior de fazer a operação, em outubro de 2023, acabou adiada porque a Eletrobras ainda precisava do aval de detentores de suas debêntures para vender os papéis.

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O aval foi dado em abril, o que deu sinal verde para a operação ir a mercado. A Eletrobras vem desde a privatização se desfazendo de ativos considerados não essenciais ou não estratégicos. Em junho, vendeu seu portfólio de termelétricas para a Âmbar, do grupo J&F, por R$ 4,7 bilhões.

Investidores de longo prazo

Tanto na Sabesp quanto na Isa Cteep a expectativa é que as ofertas atraiam investidores de mais longo prazo, como fundos de infraestrutura, carteiras focadas em água e saneamento, no caso da Sabesp, e fundos long only, que adotam estratégia de esperar a valorização dos papéis. A oferta da Sabesp deve ser a quinta maior do mundo em 2024, considerando só os follow-ons.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 12/07/24, às 19h33.

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