A Sabesp está perto de definir as instituições financeiras que vão coordenar a bilionária oferta de ações de privatização da empresa. Na segunda-feira, bancos de investimento da Faria Lima, o maior centro financeiro do País, começam reuniões com a empresa de saneamento e o governo de São Paulo para apresentar suas propostas para a operação, que pode movimentar ao menos R$ 10 bilhões, de acordo com fontes.
“É a operação em que todo mundo quer estar, vai ser a maior de 2024″, comenta um banqueiro, na condição de anonimato.
O governo de São Paulo pretende concluir ainda este mês a contratação do sindicato de bancos que será responsável pela operação, afirmou a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende. Para ela, o governo deve conseguir cumprir o cronograma de finalizar a desestatização em meados de 2024. Na oferta pública, a participação do governo vai cair dos atuais 50,3% para uma fatia entre 15% e 30%.
Há expectativa de atração de grades investidores internacionais
A expectativa é que a oferta de ações ocorra no primeiro semestre e atraia grandes investidores internacionais. Assim como a privatização da Eletrobras foi o grande destaque do mercado de capitais de 2022, com uma oferta de R$ 34 bilhões, uma das maiores do mundo, e a da Copel, empresa de energia elétrica do Paraná, foi o destaque de 2023, a Sabesp será o de 2024, ressalta o diretor de um banco.
Logo após a aprovação do projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo que liberou a privatização, no dia 06, o governo paulista já enviou aos bancos uma carta convite para participar da transação.
O processo também já é alvo de uma ofensiva do bloco contrário à privatização. Na última semana, a oposição entrou com uma ação questionando o rito de aprovação na Assembleia, em especial o fato de o projeto ter sido aprovado em regime de urgência.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 15/12/23, às 16h31
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