EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores do mundo dos negócios

Ser Educacional inaugura usina fotovoltaica em Pernambuco

PUBLICIDADE

Por Wilian Miron
Atualização:
Usina atenderá campus de Caruaru e outras unidades em Pernambuco  Foto: Gabriel Guimarães/Ser Educacional

O Grupo Ser Educacional decidiu aderir à geração distribuída (GD) e investiu R$ 4,5 milhões para construir uma usina fotovoltaica com capacidade instalada de 2 megawatts (MW) num terreno de 13.435,11 metros quadrados (m²), anexo ao campus de Caruaru da Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau).

PUBLICIDADE

Nos próximos dias, o empreendimento será conectado à rede da concessionária de distribuição Neoenergia Pernambuco (antiga Celpe), gerando créditos nas tarifas de energia das unidades que a companhia tem em Pernambuco. Além disso, os equipamentos podem ser utilizados para aulas práticas em cursos de engenharia do grupo.

"Começamos a pensar nisso em 2020, mas achamos que o custo era muito alto. Mas, agora com a legislação, o investimento passou a fazer sentido", afirmou o diretor-presidente da Ser Educacional, Jânyo Diniz, ao Broadcast Energia.

Além dessa unidade, as universidades do grupo em Barreiras, na Bahia, e de Juazeiro, no Ceará, também devem aderir à geração distribuída e receber painéis fotovoltaicos em seus telhados. A expectativa da empresa é que esses sistemas tenham 500 quilowatts (kW) e sejam conectados até o fim deste ano, de maneira a se enquadrarem entre os empreendimentos que terão direito aos subsídios garantidos pela lei 14.300/2022 para sistemas de geração distribuída conectados até janeiro de 2023. Entre esses benefícios está o desconto de 50% no pagamento pelo uso dos sistemas de distribuição, além de outros subsídios em encargos setoriais.

"Pretendemos fazer em 2022, até setembro, para termos direito aos benefícios da lei que foi aprovada recentemente, porque são apenas 12 meses. Se o prazo fosse maior, faríamos mais", disse.

Publicidade

Conta de luz

Os sistemas de GD garantem redução nas contas de luz em porcentuais que podem superar os 30%, a depender do tipo de instalação, e como a energia solar é considerada limpa, ajuda as empresas a cumprirem suas metas de responsabilidade social e ambiental (ESG, da sigla em inglês). Por conta disso, a modalidade tem crescido no País em ritmo intenso, e desde janeiro de 2019 o número de novas conexões passou de 681,1 MW para os atuais 9,01 gigawatts (GW).

Para este ano, a expectativa é que a aprovação do marco legal para o setor continue movimentando o segmento, que pode chegar a 17,2 GW de capacidade instalada até dezembro, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), enquanto a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) prevê que este ano a geração distribuída deve atingir 15 GW de capacidade instalada.

Além da geração própria de energia, a Ser Educacional tem apostado na estratégia de adquirir energia de fontes solar e eólica no mercado livre, modalidade que será mantida para as unidades que não terão seu consumo de energia atendido por sistemas de GD e que estejam enquadradas nos limites de carga de 500 kW para migração.

Hoje o consumo de energia representa 3% dos custos da companhia, que em 2021 desembolsou R$ 18 milhões para pagar contas de luz, sendo R$ 9,4 milhões (52%) no mercado cativo e R$ 8,6 milhões (48%) no mercado livre.

Publicidade

 

Esta nota foi publicada no Broadcast Energia  no dia 24/01/22, às 15h23.

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.

Contato: colunabroadcast@estadao.com

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.