Neste ano, já foram descobertas 3,44 milhões de tentativas de fraude de identidade no Brasil, quando uma pessoa usa dados de outra para se passar por ela, como roubo de documentos ou imagens nas redes sociais. Se concretizadas, poderiam gerar prejuízos de R$ 29 bilhões, mostra um estudo inédito da Serasa Experian. Setores como os bancos e o de telefonia e varejo estão entre os mais expostos a essas fraudes, que vem crescendo desde a pandemia. Só o uso indevido de imagens que as pessoas colocam nas redes sociais aumentou 66% no ano passado.
Para mapear as tentativas de fraudes de identidade, a Serasa acaba de criar o “Fraudômetro”, que mede as tentativas no Brasil. Trata-se de modelo semelhante ao do “Impostômetro”, criado há anos pela Associação Comercial de São Paulo, como forma de demonstrar o peso da carga tributária. Em média, são 4 tentativas por segundo - 20 mil por dia. O produto foi apresentado na Febraban Tech, feira de tecnologia dos bancos, que deve reunir 30 mil pessoas em três dias em São Paulo.
Se cada fraude correpondesse a uma pessoa, seria possível encher 44 Maracanãs
Se cada fraude acima correspondesse a uma vítima diferente, o volume de pessoas que sofreram tentativas de fraudes poderia encher 44 Maracanãs. Ou em outra analogia com o futebol, 1.200 tentativas de fraudes de identidade no período equivalente a uma partida.
O chefe de produtos da Serasa, Pedro Marone, comenta que uma pesquisa da Serasa identificou que o roubo de identidade já é mais temido pelas pessoas do que o roubo de cartões de crédito. Uma nova modalidade utilizada pelo fraudador é descobrir o aniversário da pessoa, enviar algum “presente” para sua casa e, na entrega, pedir para tirar sua foto como garantia de recebimento.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 27/06/23, às 17h20.
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