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Bastidores do mundo dos negócios

SRM investe R$ 20 milhões em primeira fintech criada com o Insper

ObraBank atua com antecipação de recebíveis para fornecedores de construtoras

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Foto do author Altamiro Silva Junior
A fintech atendendo duas a três novas empresas da cadeia da construção por dia Foto: Sergio Neves/Estadão - 08/06/2020

A SRM Ventures, braço de investimentos em startups da gestora SRM Asset, vai investir R$ 20 milhões na ObraBank, a primeira fintech de um programa de criação de startups em parceria com o Insper. A iniciativa já tem inscrições abertas até 19 de janeiro para gerar novas empresas nascentes, com projetos agora voltados para o agronegócio e o setor automotivo.

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A ObraBank, focada em antecipar recebíveis para fornecedores de incorporadoras, construtoras e empreiteiras, nasceu a partir de um programa do “Hub de Inovação e Empreendedorismo Paulo Cunha”, do Insper e da SRM, que queria descobrir e estimular a criação de novas startups com projetos interessantes. A primeira tese do projeto foi justamente em iniciativas voltadas ao financiamento de crédito para o setor imobiliário, vencida pelo ObraBank.

A SRM e o Insper conduziram o processo seletivo, que teve a formação inicial de uma turma de 30 participantes. Desses, 12 foram selecionados e em seguida ficaram um mês desenvolvendo e testando ideias a partir do tema central, o financiamento ao setor imobiliário.

Projeto vencedor

No final, o ObraBank foi o projeto vencedor, formado pelos sócios Edilson Parra, com mais experiência no mercado financeiro, e Ricardo Henrique, vindo do mercado imobiliário. “Somos o capital de giro para os fornecedores das obras”, disse Parra. Em 40 dias de existência, a fintech já desembolsou R$ 2 milhões em antecipações para o setor. Esse dinheiro já veio do aporte da SRM, e a seguir nesse ritmo, a fintech pode chegar a R$ 100 milhões em antecipações em 2025.

A fintech já opera em cinco Estados, atendendo a duas a três novas empresas da cadeia da construção por dia, conta Henrique. Com o desenvolvimento do negócio pela frente, pode conseguir criar seu próprio veículo de captação para financiar as antecipações, como um fundo de recebíveis (FIDC).

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Segundo o chefe da SRM Ventures, André Szapiro, na tese imobiliária houve um projeto vencedor, mas nas seguintes - agro e automotivo -, não necessariamente pode haver apenas um em cada. Vai depender do que surgir durante o processo de discussão e seleção. “No caso do ObraBank, o Ricardo e o Parra criaram um produto que nos interessou muito, que a gente nem sabia que existia”, conta ele.

Nove aportes em startups

Este foi o nono aporte da SRM este ano em uma startup, mas nos casos anteriores, eram empresas já existentes e com algum tempo de estrada. No projeto com o Insper, são empresas em uma fase anterior, ou seja, que vão ainda ser montadas com base no projeto, por isso o nome SRM Venture Builder. “É como uma categoria de base de futebol, faz a peneira, escolhe as pessoas certas, seleciona os melhores.”


Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 25/12/2024, às 14:30.

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