EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores do mundo dos negócios

Startup de construção de casa sob demanda tenta atrair investidores

PUBLICIDADE

Foto do author Circe Bonatelli
Imagem ilustrativa de casa de projeto concebido pela Griffon   Fonte: Griffon Foto: Estadão

A Griffon, primeira incorporadora que trabalha no modelo on demand no Brasil, está dando largada a uma série de reuniões com agentes de mercado atrás de uma rodada inicial de investimentos. Diferentemente das empresas tradicionais de construção, que compram terreno, licenciam projetos, erguem as casas e só depois as colocam à venda, a startup chega com a proposta de erguer moradias sob demanda, sem a necessidade de carregar todos os ativos.

PUBLICIDADE

O cliente da Griffon pode escolher a planta da casa própria entre alguns modelos de projetos já pré-concebidos pela empresa. É possível ajustar o tamanho do imóvel e escolher o material de acabamento. A startup também conta com um banco de dados de terrenos disponíveis na região desejada. Aí é questão de unir as duas pontas: o dono do terreno ao futuro dono da casa pronta.

Quando esse encontro dá certo, a startup fecha um contrato entre as partes e sai para a captação de recursos para a obra junto a um banco parceiro. Trabalha, concomitantemente, na oferta do financiamento para esse comprador. O cliente tem de pagar 10% do valor do imóvel na largada mais prestações mensais ao longo da obra. Na entrega das chaves, o cliente é repassado para o banco.

Primeiros projetos estão concentrados em regiões nobres da Grande SP

O maior risco da operação está numa eventual inadimplência dos contratantes, uma vez que a startup fica com a dívida junto ao banco durante a fase de aprovação do projeto na prefeitura (duração estimada de três meses) e a fase da obra (oito meses). Mas o imóvel em construção fica como garantia.

Publicidade

Os primeiros projetos da Griffon estão concentrados na Granja Viana e em Alphaville, regiões nobres da Grande São Paulo. Cada casa sai na faixa de R$ 1,5 milhão a R$ 3 milhões. A startup foi lançada oficialmente no último mês e tem três unidades contratadas. A meta é contratar 12 por mês até o fim deste ano.

Por trás do negócio estão dois sócios: Murillo Morale, que já trabalhou na Decorati, startup de reformas em larga escala vendida para a Loft em 2019; e Felipe Cresciulo, fundador da dark kitchen Alecrim, vendida para o grupo Egeu em 2018, e ex-líder do laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid Lab).

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 01/06/22, às 16h35

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.