
O grupo Stefanini pretende avançar na tese de consolidação do mercado de cibersegurança no Brasil e espera alcançar massa crítica suficiente para levar a divisão à Bolsa num horizonte de cerca de quatro anos. “É uma tese muito forte e global, num mercado muito fragmentado”, afirmou o fundador e presidente global do grupo, Marco Stefanini, à Coluna do Broadcast.
A divisão de cibersegurança é vista como estratégica para o crescimento da companhia. Hoje, fatura cerca de R$ 250 milhões e tem quase 1.000 funcionários, com clientes por todo o mundo. Já o grupo Stefanini como um todo, com atuação em 41 países, tem previsão de fechar 2024 com R$ 8 bilhões de receita e um total de 38 mil funcionários.
O Brasil figura no topo das listas de ataques cibernéticos globais. Como consequência, a expectativa é que o mercado de segurança digital no País cresça pouco mais de 60% até 2029, para US$ 5,46 bilhões (R$ 32 bilhões), ante os US$ 3,34 bilhões (R$ 19,5 bilhões) em 2024, segundo estimativas da Mordor Intelligence. O potencial do setor tem despertado o interesse de nomes como Pátria e Warburg Pincus.
Negócio é fruto de aquisições
O braço da Stefanini no setor é fruto de duas principais aquisições nos últimos dois anos, da Protega e da Safeway. A perspectiva é voltar ao mercado em breve para seguir no caminho de consolidação. “Já estamos nesse processo, mas sempre sabendo como aterrissar. Tem players muito arrojados que depois têm de pagar a conta”, afirma Stefanini.
Para o fundador do grupo, o momento é favorável para ir às compras. No planejamento, a empresa já havia previsto R$ 2 bilhões para aquisições entre 2023 e 2027. Além de cibersegurança, há negócios em avaliação nas áreas de cloud (computação em nuvem), na divisão de marketing (dados e analytics) e da Topaz, empresa do grupo voltada para soluções de tecnologia ao mercado financeiro.
As duas últimas unidades de negócios também estão cotadas para potenciais aberturas de capital. A Topaz é a mais adiantada e chegou a se posicionar para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) há três anos. O fundador, porém, acha difícil que a transação saia este ano. “Não é por nós, mas pelo mercado.” O mais provável é que a oferta seja feita no exterior, mas isso é algo que pode mudar também.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 30/01/2025, às 15:52.
O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.
Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.