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Bastidores do mundo dos negócios

Tembici expande atuação para mais 3 capitais e quer 10 mil bikes elétricas

Para financiar crescimento, empresa vai usar os R$ 160 milhões que emprestou do BNDES em uma linha de crédito sustentável

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Foto do author Altamiro Silva Junior

A Tembici quer chegar ao fim do ano com 30 mil novas bicicletas nas ruas, um crescimento de 50% em relação a 2022. Desse total, 10 mil serão elétricas. Muito conhecida em cidades como São Paulo e Rio, a empresa vai começar a operar em três novas capitais nos próximos meses: Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis. Cada cidade receberá 50 estações e 500 bikes.

Para financiar essa expansão, a Tembici vai usar parte dos R$ 160 milhões que pegou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no primeiro empréstimo do tipo para uma empresa de micromobilidade. É uma linha de crédito sustentável de 12 anos, prazo pouco comum para o mercado brasileiro. Esses recursos vão financiar a expansão da empresa este ano pelo Brasil e o aumento das bicicletas elétricas - 3 mil no Rio e outras 3 mil em São Paulo.

Em 2022, foram 60 milhões de deslocamentos com as bicicletas laranjas Foto: Tembici


Deslocamentos com as bicicletas laranjas cresceram 45% em 2022

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Em tempos de questionamento sobre a capacidade de resultados das startups, a Tembici conseguiu encerrar 2022 com Ebitda positivo e o resultado continua no azul no primeiro trimestre de 2023. O indicador mede o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, um termômetro da eficiência das empresas e de sua capacidade de gerar caixa. “A companhia sempre teve disciplina financeira forte”, afirma o CEO da Tembici, Tomás Martins.

A startup bateu também recorde em receita de usuário - quem pedala com as bicicletas compartilhadas. Em 2022, foram nada menos que 60 milhões de deslocamentos nas bicicletas laranjas da empresa, um aumento de 45% comparado a 2021.

Além de buscar novas fontes de captação, a startup procurou também diversificar receitas e foi a primeira a gerar créditos de carbono a partir do uso de bicicletas nas cidades. Em uma estratégia inédita no mundo, fez um leilão de créditos de micromobilidade, em conjunto com a prefeitura do Rio de Janeiro.

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Startup começou a atuar na Colômbia

Na América Latina, a empresa nascida há 10 anos em São Paulo em um projeto de conclusão de curso da escola de engenharia da Universidade de São Paulo (USP) chegou a Bogotá, na Colômbia. E os primeiros números mostram que os colombianos aprovaram a ideia do compartilhamento de bikes. Em seis meses do lançamento do projeto, a Tembici registrou mais de 400 mil viagens pela cidade, 130% a mais que o previsto. Para 2023, segundo Martins, não há planos de entrar em novos mercados na região.

Indagado sobre os planos para uma eventual abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da Tembici, o CEO não entra em detalhes. “O IPO é um mecanismo que a gente tem de abrir a empresa para mais opções, ter mais formas de financiamento e atratividade. Não colocamos isso como objetivo único. A ideia é construir um grande negócio e ter alternativas para o futuro.”

Sobre a parceria com o iFood, que em 2022 foi expandida para mais quatro capitais brasileiras, Martins disse que no ano passado foram 7,5 milhões de entregas realizadas, uma potencial economia de 4,7 mil toneladas de CO². Além disso, a companhia renovou a parceria com o Itaú Unibanco por mais dez anos

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 05/05/2023, às 18h12

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