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Bastidores do mundo dos negócios

Tempo, investida de Carlyle/SPX, muda CEO e quer crescer em novos negócios

Empresa presta serviços de assistência, como os oferecidos por seguradoras

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Foto do author Matheus Piovesana
A Tempo deve faturar cerca de R$ 1 bilhão neste ano, um crescimento próximo a 6% em relação a 2023 Foto: Marcelo Aniza/Tempo

A empresa de serviços de assistência Tempo terá novo CEO a partir de janeiro de 2025. O atual vice-presidente Comercial e de Marketing, João Armesto, assumirá o posto, sucedendo a Gibran Marona, que comandou a empresa por dez anos. A principal missão do novo CEO será acelerar o crescimento de novos negócios, com foco em serviços como montagem de móveis e eletrônicos.

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Com acionistas como o fundo de private equity (que compra participações em empresas) SPX/Carlyle e o braço de investimentos da resseguradora Swiss Re, a Tempo deve faturar cerca de R$ 1 bilhão neste ano, um crescimento próximo a 6% em relação a 2023. A expectativa é voltar a uma expansão de dois dígitos nos próximos anos.

“A Tempo tem 30 anos de existência, e nasceu, se desenvolveu e prosperou com o negócio de assistência, principalmente com a força do mercado de seguros”, afirmou Armesto ao Broadcast. “Começamos a discutir possibilidades que não fossem exclusivamente pelo mercado de seguros ou de montadoras, e entendemos que nosso negócio é de canais.”

Companhia enveredou pelo negócio de conveniências

A marca da Tempo aparece pouco para o consumidor final, mas ele consome os serviços da empresa ao contratar pacotes de assistência que incluem encanador, por exemplo, junto a seguros. Foi essa experiência que levou a companhia a enveredar pelo negócio de conveniências, em que através de redes varejistas, oferece serviços que vão da montagem de móveis à instalação de aparelhos de TV por assinatura.

“É um mercado que tem muita proximidade com o que a Tempo faz, e que tem um tamanho de aproximadamente R$ 20 bilhões”, disse o novo CEO. A transição entre ele e Marona vinha sendo desenhada há alguns anos, e o antecessor passará ao conselho de administração.

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João Armesto será o novo CEO da Tempo Foto: Marcelo Aniza/Tempo

Hoje, cerca de 60% do faturamento da empresa vem dos clientes tradicionais. Anualmente, a Tempo cresce a um ritmo de dois dígitos porcentuais, mas 2024 é um ano de crescimento menor devido ao encerramento de contratos menos rentáveis. “Este vai ser um ano de baixo crescimento, mas de melhora na rentabilidade”, disse Marona.

Tamanho é vantagem

De acordo com ele, a vantagem competitiva da Tempo no segmento de conveniência é o tamanho da companhia. Hoje, esse mercado é fragmentado entre pequenos prestadores. “O que sabemos fazer é gerir redes de parceiros distribuídos pelo território nacional, e há 30 anos fazemos isso para serviços emergenciais.”

No caso de assistência, a expectativa também é de crescimento, mas com outros motores. O principal é o crescimento do mercado de seguros, que quer sair de um tamanho de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) para 10% até 2030. Esse apetite levou a uma “redescoberta” dos serviços de assistência pelas seguradoras, que veem neles uma importante ferramenta de atração de clientes. Esta virada levou a movimentos como a criação, pela gigante Porto, de uma empresa voltada somente a esse mercado.

Um dos principais negócios da Tempo é a sociedade com a Caixa Seguridade na Caixa Assistência, empresa que tem a exclusividade na venda de pacotes de assistência na rede da Caixa Econômica Federal. O negócio faturou R$ 142,2 milhões nos nove primeiros meses deste ano, alta de 38,2% em relação ao mesmo período de 2023.


Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 18/11/2024, às 15:22.

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