
Após fechar a venda de seus ativos de ouro no Brasil para a canadense G Mining Ventures no final do ano passado, a BHP, maior mineradora do mundo, tem o processo de venda dos ativos de cobre bem encaminhado, com expectativa de conclusão no meio deste ano. A Coluna apurou que a BHP já abriu as informações a potenciais investidores e começa a receber propostas não vinculantes este mês. O processo está sendo conduzido com bastante cuidado e entre os possíveis interessados estariam a canadense Ero Cooper e a Vale. Chineses também estão entre os potenciais compradores, em um negócio que pode ficar na casa dos US$ 300 milhões.
As operações de cobre e ouro à venda são parte dos ativos da australiana OZ Minerals, adquirida pela BHP em 2023. De acordo com fontes, a BHP escolhe o comprador a dedo e tem intenção de evitar propostas vindas de fundos. O ativo de cobre está bem próximo à operação da Vale em Carajás (PA), onde a mineradora brasileira anunciou um projeto de expansão da mina de cobre de R$ 70 bilhões.
A operação de cobre da BHP é pequena para a Vale, disse uma fonte. Mas a companhia acompanha o processo de perto e, eventualmente, pode ficar com a mina para evitar potenciais problemas à sua própria operação, especialmente ambientais. O futuro comprador da mina de cobre da BHP terá, de toda a forma, de manter uma boa relação com a Vale, por conta de infraestruturas que já são compartilhadas na exploração do cobre. Procurada, a BHP informou que não comenta especulações de mercado.
Anglo American vendeu negócio de níquel no País
A venda do ativo de cobre da BHP vem na esteira da venda pela rival Anglo American das operações de níquel no Brasil, transação anunciada nesta terça-feira, 18, que pode chegar a US$ 500 milhões. Os processos de desinvestimento das duas gigantes da mineração começaram no mesmo momento, mas por razões diferentes. A BHP está se desfazendo de ativos que herdou na aquisição da OZ Minerals. Já a Anglo está engajada em uma revisão estratégica de seus ativos, após rejeitar proposta de aquisição por US$ 50 bilhões, feita no começo de 2024 pela BHP.
Nas minas de ouro da BHP, o anúncio da venda para os canadenses da G Mining aconteceu em setembro do ano passado. A mina de Tocantinzinho, depósito de ouro a céu aberto, contém 2,0 milhões de onças de reservas no Pará. A conclusão da operação ocorreu em dezembro. Nos termos acertados, a G Mining dará à BHP um royalty de 1% sobre as primeiras 1 milhão de onças de ouro produzidas na mina e um royalty de 1,5% sobre a produção de ouro subsequente.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 18/02/2025, às 16:57.
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