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Bastidores do mundo dos negócios

WeWork diz que renegociou aluguéis atrasados em mais da metade dos imóveis

Empresa está em crise e busca caminhos para se recuperar; no Brasil, tem 31 unidades em operação

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Atualização:
Fachada do prédio da WeWork na Rua Girassol, 555, na Vila Madalena. Foto Tiago Queiroz/Estadão  Foto: Tiago Queiroz/Tiago Queiroz/Estadão

As conversas da WeWork com os proprietários de imóveis para renegociar os aluguéis atrasados evoluiu nos últimos dias, de acordo com a própria empresa. “As negociações já resultaram em acordos com locadores em mais da metade de nossas unidades no Brasil. Seguimos comprometidos em prestar o excelente serviço que nossos membros esperam”, afirmou a WeWork, em nota à Coluna do Broadcast. A empresa não deu mais detalhes sobre o teor dos acordos.

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Ao todo, o grupo tem 31 unidades em operação no País. Um dos casos envolveu a Rio Bravo, gestora responsável pelo fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), detentor de um edifício locado para a WeWork na Vila Madalena. No fim da semana passada, as partes chegaram a um acordo por meio do qual a empresa se comprometeu a quitar os valores dos três aluguéis atrasados, de forma integral, à vista, mas sem correção, nem multa.

O trato também envolveu a devolução de um dos três blocos ocupados no prédio, pagamento da multa de rescisão parcelada em três vezes e devolução da mobília. Já nos outros dois blocos, foi concedido um desconto ‘pontual’ do aluguel por um ano, segundo a Rio Bravo.

O teor do acordo está em linha com a estratégia da WeWork para tentar sair da crise e que foi antecipada pela Coluna do Broadcast no início deste mês. O foco é enxugar o tamanho das operações e devolver uma boa parte dos pontos comerciais. Nos endereços restantes, a luta é para baixar o valor do aluguel e repactuar os atrasados via descontos e/ou parcelamentos.

Essa é a mesma estratégia adotada nos Estados Unidos e na Europa, onde a WeWork também passou por uma revisão do seu modelo de negócio. Por aqui, o grupo contratou a Alvarez & Marsal, mesma consultoria financeira que deu apoio à reestruturação lá fora, e o escritório Galdino Advogados, especialista em direito empresarial e litígio.

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Aqui, uma recuperação judicial não está totalmente descartada, mas está um pouco mais distante, segundo fontes. Isso vai depender de como as conversas evoluirão ao longo do próximo mês. O ponto nevrálgico é os proprietários toparem as novas condições.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 08/10/2024, às 17:26.

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