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Notícias do mundo do agronegócio

Coopavel prevê investimento com maior safra de grãos e preços remuneradores

Faturamento de cooperativa deve crescer 20% e chegar a R$ 6,5 bilhões

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Atualização:

Após a quebra de 50% na safra passada, a produção de grãos de verão se recuperou e a Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel) espera fechar o ano com resultado recorde. Prevê atingir faturamento de R$ 6,5 bilhões, alta anual de 20%. “A safra está muito boa. O crescimento será puxado também pela agroindústria e pela abertura de novas filiais”, diz Dilvo Grolli, presidente. A expectativa da Coopavel é de receber 1,1 milhão de toneladas de soja, milho e trigo em 2023, ante 850 mil toneladas no ano passado. Só de soja e milho verão, cooperados devem colher 60% mais que em 21/22, enquanto de milho safrinha a maior produtividade deve compensar a queda de 10% prevista na área plantada. Há perspectiva ainda para aumento no cultivo de trigo.

Cenário para carnes também é promissor

No segmento de carnes, a Coopavel espera que os preços mais atrativos e o alívio no custo de produção recomponham o desempenho. A expectativa é de uma receita 10% superior à de 2022. “Quando o mercado reagir em volume, voltaremos a investir nos frigoríficos”, diz Grolli.

Coopavel tem 14 indústrias e 34 revendas de insumos. Cerca de 95% dos grãos processados são recebidos de 6,5 mil cooperados Foto: Myckael Allan Kaefer/Coopavel

Aporte estratégico em sustentabilidade

Neste ano a Coopavel investirá R$ 220 milhões nas suas plantas. Uma nova agroindústria e uma loja de insumos estão em construção. Parte do aporte, cerca de R$ 20 milhões, vai para a primeira fábrica de bioinsumos, que vai operar no 2.º semestre. “É um mercado voltado à sustentabilidade no campo.”

Ponta a ponta

A Gavea Marketplace, bolsa digital de commodities, realizou transação piloto de envio de soja rastreada de cinco produtores no Brasil a um consumidor na Suíça usando tecnologia de blockchain. Segundo Vítor Uchôa, CEO, a solução digitaliza o rastreamento feito hoje de forma analógica pelas empresas e tem como base critérios do sistema Copernicus, que monitora desmatamento e é referência da legislação europeia.

Reservado

A partir deste mês, a Gavea passa a abrigar plataformas privadas de comercialização de insumos, na qual empresas criam os próprios marketplaces e convidam clientes e fornecedores a negociar separadamente. Desde o fim de 2022, já é possível operar dessa forma com grãos. A expectativa é de que os mercados privados passem a representar até 80% da receita da empresa. “Estamos tirando a negociação do WhatsApp e colocando em uma plataforma transacional em blockchain”, diz Uchôa.

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Queridinhos

A XP vê forte expansão dos Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) no País. A expectativa para o ano é de oferta de R$ 15 bilhões em fundos, ante os R$ 7,8 bilhões no ano passado. “Enxergamos os Fiagros como um veículo novo e que mostrou rápido crescimento, mesmo em um cenário de mercado desafiador com volatilidade e alta taxa de juros”, diz Pedro Freitas, head de agro da XP. Os títulos foram criados há pouco mais de um ano.

Lidera

A XP, que detém 52% do mercado de Fiagros, espera crescer em participação neste ano e não descarta conversas com gestoras para estruturação de novos fundos, diz Freitas. “Hoje, boa parte dos Fiagros está concentrada em crédito, mas se houver perspectiva de curva de juros mais baixa no longo prazo os fundos têm potencial ainda maior em outras classes de investimento, como capital de empresa e terras”, afirma. Investidores pessoa física respondem por cerca de 85% dos fundos ofertados no mercado, hoje distribuídos em 180 mil CPFs.

Top 10

A italiana Ferrero, terceira maior empresa do setor de chocolates no Brasil, projeta crescimento de dois dígitos nas vendas de seus produtos por aqui em 2023. A empresa aposta em lançamentos, com estratégia de “regionalização” do varejo. O País está entre os dez maiores mercados da marca. Para responder a isso, prevê investimentos de R$ 24 milhões ao longo do ano na América do Sul, e o Brasil receberá a maior parte.

Emissão e preços de CBIOs aceleram em 2023

Enquanto o setor sucroenergético debate prazos de atendimento às metas do RenovaBio, usinas certificadas para o programa emitiram 3,113 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs) em janeiro, 44,5% acima de 2022. O preço médio por título também foi maior, de R$ 87,40. O índice avançou 44,65% no ano, ante média de R$ 60,42 de 2022.

Governo de MT planeja zerar a fila do CAR

O Estado de Mato Grosso quer avançar na regularização ambiental dos pequenos produtores rurais e zerar a fila entre apresentação e análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) até o fim deste ano. A meta é do governador Mauro Mendes (União). Ele conta que em março entrará em operação um módulo voltado especialmente à agricultura familiar.

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