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Geo Biogás & Tech investe R$ 600 milhões com demanda por combustível sustentável

Empresa tem três plantas em operação e quatro em construção

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A Geo Biogás & Tech, empresa de biogás e hidrocarbonetos verdes derivados da cana-de-açúcar, crescerá em 2023 para atender à demanda potencial por combustíveis sustentáveis. Com três plantas em operação e quatro em construção, destinará R$ 600 milhões para instalar usinas de geração de energias renováveis. “O mercado está aquecido e a ideia é criar seis a sete unidades por ano”, diz Alessandro Gardemann, diretor da companhia. Do total investido, R$ 45 milhões serão reservados para expandir a planta de Tamboara (PR), a primeira voltada à produção comercial de biogás em larga escala no País. Sem revelar o faturamento de 2022, Gardemann diz que o crescimento será “exponencial” ante a receita bruta de R$ 19,4 milhões de 2021.

Cana na vanguarda dos renováveis

A Geo investiu R$ 15 milhões para construir neste ano duas plantas-piloto perto da unidade de Tamboara. As usinas vão testar a viabilidade de produzir combustível renovável de aviação (SAF, em inglês) e hidrogênio verde a partir de resíduos da cana-de-açúcar.

Pesquisa é base para novas tecnologias

A unidade de hidrogênio verde da Geo deve entrar em operação ainda em 2023 e terá capacidade de produzir 500 m³ por dia. O piloto para geração de SAF deve ser inaugurado em 2024. “Queremos mostrar o biogás e o biometano como alternativas viáveis para essas tecnologias”, ressalta Gardemann.

Unidade da Geo Biogás & Tech em Tamboara (PR) deve incorporar plantas-piloto de SAF e hidrogênio verde a partir de 2023. Foto: Divulgação

A jato

A Crop Care, holding controlada pelo fundo Pátria, focada na compra de empresas de insumos especiais, mais que dobrou (+114%) a receita na safra 2021/22, para R$ 438,6 milhões. Marcelo Pessanha, o CEO, atribui o resultado à aquisição da Union Agro, de adubos especiais, no fim de 2021; ao aumento de registros e vendas de agroquímicos de outra empresa da holding, a Perterra; ao crescimento da Agrobiológica Sustentabilidade, de defensivos biológicos, e à expansão da equipe no País.

Prioridades

Sem detalhar metas para 2023, Pessanha diz que o foco serão os biológicos. A Agrobiológica está modernizando a planta de Itápolis (SP), que deve se tornar um hub de inovação e ficar pronta no fim do ano. Outros planos são comprar mais empresas de biológicos e adubos especiais, obter novos registros de produtos e desenvolver outros, além de ampliar relacionamento com fornecedores asiáticos para a Perterra, visando preços mais baixos.

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Novos canais

A foodtech de proteína vegetal Tindle, que tem restaurantes como clientes, agora mira supermercados. “Nossa ambição é desenvolver novos canais”, diz André Menezes, cofundador e CEO. No setor de restaurantes, a penetração da Tindle foi um sucesso. Em pouco mais de um ano, saltou de 150 para mais de 1,5 mil estabelecimentos. Menezes diz que produtos pré-preparados à base de frango plant based são o segredo do sucesso da empresa.

Demanda firma

A Basf espera que suas vendas de sementes de algodão para a safra 2022/23, que está sendo semeada, cresçam de 15% a 20% ante 2021/22. O mercado de sementes deve subir 10% na safra, acompanhando o aumento da área plantada no Brasil, estima Hugo Borsari, diretor de Sementes da Divisão de Soluções para Agricultura da Basf na América Latina. “Devemos ter aumento superior ao mercado com o forte investimento em inovação, com lançamentos de produtos e uma nova tecnologia”, diz.

Assegura

Sojicultores brasileiros também já antecipam a compra de sementes para a safra 2023/24, que será plantada a partir de setembro/2023. A Basf estima que 5% das sementes para o próximo ciclo já tenham sido adquiridas pelos produtores. Borsari vê maior movimentação em Mato Grosso, onde 20% das variedades já estão garantidas pelos sojicultores. “Até o fim de março, cerca de 70% das sementes de soja para 2023/24 devem estar comercializadas no Brasil.” A companhia é uma das líderes do setor no País.

Safra e exportação maiores compensarão queda de preços

O aumento da produção de grãos e das exportações em 2023 deve compensar o possível recuo de preços das commodities, dizem especialistas ouvidos pela coluna. A receita das vendas externas agrícolas tende a ser similar à de 2022. Desaceleração global e maior oferta interna de grãos devem manter os preços pressionados até o 1.º trimestre, dizem

Secex deve confirmar salto nas exportações de milho

A menor oferta global de milho, provocada pela guerra na Ucrânia, e a maior produção local impulsionaram as exportações do grão pelo Brasil em 2022. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima volume 111% maior. O resultado deve ser confirmado, hoje, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), com os dados da balança comercial.

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