A Polpanorte, empresa que tem o açaí como carro-chefe, almeja alcançar o seu primeiro bilhão em faturamento até 2026. O plano para chegar lá é abrir 100 lojas até 2025, quando prevê receita de R$ 750 milhões. A ideia também é aumentar a presença internacional da empresa com sede no Paraná, conta João Zeppone, CEO.
Em 2024, a companhia deve faturar R$ 540 milhões, chegando a 30 lojas - hoje são 10, seis em São Paulo e quatro no Paraná. É nos dois Estados que a Polpanorte deve abrir novas unidades próprias e franquear outras. Minas Gerais e Rio de Janeiro também são possibilidades. No varejo, a marca quer crescer 30% em 2024, no Sudeste, Centro-Oeste e Sul, onde está presente em mercados como Carrefour, Assaí Atacadista e Atacadão, e 20% na sua rede de mais de 100 distribuidores.
Consumidores do Sudeste são novo filão
“Nos tornamos líderes no mercado sem ter uma forte presença no Sudeste”, afirma Zeppone. Agora a Polpanorte quer ser líder nos quatro Estados da região, acrescenta Carlos Bentim, head comercial e de marketing. “Vamos fortes para esses lugares”, diz.
Exportação chega a 10% da receita até 2025
A empresa estima que neste ano o mercado externo represente 7% da receita, ante os 3% atuais, e ultrapasse os 10% em 2025. O açaí já chega a países da Europa, Estados Unidos, Israel e Arábia Saudita. A Polpanorte pretende abrir em 2025 suas primeiras lojas nos EUA e na Europa. E negocia a entrada do produto na China, Japão e Chile.
Deu certo
A Naval Fertilizantes, de Campo Novo do Parecis (MT), aposta no modelo de franquias para alcançar faturamento de R$ 120 milhões neste ano. O modelo está dando certo, considerando a receita de R$ 52 milhões em 2023. Serão 40 franqueados em 2025, ante os 17 atuais em Mato Grosso e no Pará. Hoje cerca de 60% dos produtos atendem as culturas de soja. Os outros 40% são aplicados em lavouras de milho, pipoca, girassol, algodão, gergelim, cana-de-açúcar e pastagem. Luis Schiavo, CEO, conta que nos planos estão centros de distribuição em Goiás, Tocantins e Minas Gerais. l
Colhe frutos
De olho na liderança em sementes no Brasil, a chinesa LongPing High-Tech quer repetir o crescimento de 5% em participação no mercado de sementes das últimas duas temporadas na segunda safra de milho 2024/25. Na temporada anterior, a companhia respondeu por 23% das cultivares vendidas para o milho de inverno. “Investimos intensamente em pesquisa para desenvolver híbridos adaptados a cada Estado, e essa expansão de mercado demonstra que estamos no caminho certo”, diz Aldenir Sgarbossa, presidente da LongPing High-Tech.
No campo
No mercado nacional, a LongPing está entre as três maiores empresas de sementes de milho. Já no Paraná, segundo maior produtor do cereal, a companhia chinesa detém uma fatia de 40% das vendas de variedades de milho, liderando o mercado local.
RG do boi
A JBS, maior produtora de carnes do mundo, acompanha o avanço da rastreabilidade individual bovina pelo País, que começou no Pará. “Os testes e o projeto-piloto feitos no Pará mostraram que é possível, assim como o modelo australiano”, diz Fábio Dias, diretor de Pecuária da Friboi e líder de Agricultura Regenerativa da JBS Brasil. O governo do Estado iniciou um programa que pretende rastrear, até 2026, todo o rebanho bovino local. Outros Estados sinalizam seguir caminho semelhante. Deste ano até 2026, a JBS vai investir R$ 43,3 milhões para melhorar a transparência e a rastreabilidade da cadeia do gado no Pará.
Sem alarde
Ministros da Agricultura das 20 maiores economias do mundo não se surpreenderam com as queimadas registradas em Mato Grosso durante o G20 de agricultura. “Incêndios florestais estão ocorrendo em vários países, não apenas no Brasil”, minimizou um ministro europeu. “Vemos eventos climáticos extremos ao redor do mundo. É incômodo, mas chama a urgência de uma ação de mitigação climática global”, completou um representante da Liga Árabe.
AgroGalaxy, de insumos, pede recuperação judicial
A AgroGalaxy entrou na última semana com pedido de recuperação judicial. Com passivo de mais de R$ 3,7 bilhões, a varejista de insumos agrícolas alega enfrentar crise de liquidez por queda nos preços das commodities e clima adverso, o que aumentou a inadimplência dos produtores. O CEO Axel Jorge Labourt e cinco membros do conselho renunciaram.
Cade julga venda de ativos da Marfrig para Minerva
O Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) julgará na quarta-feira a venda de 16 ativos da Marfrig para a Minerva, avaliados em R$ 7,5 bilhões. A recomendação da Superintendência Geral é de aprovação, condicionada a ajustes. A transação inclui plantas de bovinos no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile./AUDRYN KAROLYNE, ISADORA DUARTE e LEANDRO SILVEIRA
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