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Notícias do mundo do agronegócio

Demanda por defensivo genérico sustenta receita da chinesa Rainbow Agro

Expectativa da empresa é terminar 2024 com até 35% do faturamento global vindo do Brasil, mesma fatia observada no ano passado, quando faturou no mundo US$ 1,63 bilhão

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A chinesa Rainbow Agro, de defensivos genéricos, aposta na demanda brasileira para sustentar resultados. “O produtor não pode deixar de usar produtos patenteados, mas em alguns casos tende a buscar alternativas genéricas e mais baratas”, diz Gerson Levandowski, diretor-geral no País. A procura por insumos mais acessíveis, mas que preservem o nível de tecnologia nas lavouras, se explica pelo momento de menor rentabilidade, reflexo dos preços mais baixos dos grãos no mercado externo. A expectativa da Rainbow é terminar 2024 com até 35% do faturamento global vindo do Brasil, mesma fatia observada no ano passado, quando a empresa faturou no mundo US$ 1,63 bilhão.

Estoques estão sendo equalizados

A Rainbow ainda ajusta seus estoques, em parte formados quando os defensivos estavam mais caros. Mesmo assim, Levandowski estima que o maior custo de produção pesou menos para a empresa do que para outras do setor, já que a demanda por seus produtos crescia.

Ideia é ter fábrica no Brasil

Levandowski não descarta a possibilidade de ter uma fábrica no País, “mas não agora”. Hoje, foca no crescimento sustentável. A Rainbow tem fábricas na China, Argentina, Estados Unidos e Espanha e vende a mais de cem países. No Brasil, quer ganhar mercado entre mais de 400 clientes, como usinas, cooperativas e revendas.

A Rainbow Agro tem dez centros de distribuição no Brasil, em Mato Grosso, Goiás, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo  Foto: Divulgação/Rainbow Agro

A vez da flor

A varejista de insumos Lavoro, presente na América Latina, chega ao Equador com fertilizantes líquidos para flores. Com a marca Agrointegral, quer atender clientes das cidades de Cotopaxi e Pichincha, tradicionais produtoras de flores. “Na Colômbia, já atingimos participação relevante no segmento, o que nos chancela como um dos principais parceiros dos floricultores e agricultores do país”, diz Ruy Cunha, CEO.

Vai sair

Pode sair do papel até o início de 2026 o leilão da Ferrogrão, ferrovia de 933 km que liga Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA). É o que projeta o governo. “Os prazos mínimos estão apertados para o leilão ocorrer ainda em 2025″, diz Rafael Vitale, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres. Segundo ele, o governo quer avançar com o processo administrativo e apresentar o projeto a investidores até o 2.º semestre de 2025. O projeto, que envolve R$ 23 bilhões, está paralisado desde 2021, quando uma ação relacionada ao traçado da pela ferrovia foi aberta no Supremo Tribunal Federal.

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Mas depende

A construção da Ferrogrão precisa do aval da Suprema Corte. Vitale acredita que todos os procedimentos foram cumpridos, com a atualização dos estudos técnicos sobre o projeto, que completou 11 anos. “Com a autorização do Supremo, podemos apresentar à sociedade o desenho final, o seu traçado, terminais e investimento para mitigação de impactos ao meio ambiente e aos povos indígenas”, afirma. Com essas fases cumpridas, o governo poderá abrir o edital de licitação da ferrovia. Grandes grupos logísticos já demonstraram interesse.

Mais vagas

Estudo da Evermonte Executive Search, especializada em recrutamento executivo, revelou que 38,7% das empresas do agronegócio planejam contratar pessoal nos próximos meses. O setor apresenta baixo índice de perspectiva de substituição (2,3%) e de demissões (8%) – a estabilidade só é menor do que a do setor de construção e incorporação. Cargos estratégicos nas áreas financeira e de tecnologia são os mais procurados no agro.

TI no campo

A transformação digital é fator-chave para o aumento da demanda por gerentes executivos de TI, para a supervisão de programas e sistemas nas empresas. “Estamos vendo uma transição da tecnologia sendo utilizada apenas para infraestrutura para ser uma parte integral do negócio, muitas vezes criando novos produtos e serviços”, diz Felipe Ribeiro, sócio da Evermonte. Gestão de riscos e análise financeira detalhada são outras demandas crescentes.

Incêndios deixam ao menos R$ 1 bilhão de prejuízo

Mais de 8 mil propriedades rurais em 317 municípios foram afetadas pelos incêndios em áreas de mata e de produção que atingiram São Paulo na última semana. O governo estadual estima que o prejuízo com as queimadas supere R$ 1 bilhão com perdas em canaviais, pastagens, lavouras de soja e plantações de citros. Há ainda o custo para recuperação dos solos.

Plantio da safra de soja começa pelo Centro-Oeste

Produtores dão a largada no plantio da safra de soja 2024/25 nesta semana. A área semeada no Brasil nesta temporada deve ter um crescimento tímido, projetam consultorias privadas. As condições não são favoráveis ao início do cultivo da oleaginosa, com clima quente e seco, nas principais regiões produtoras./AUDRYN KAROLYNE, ISADORA DUARTE e LEANDRO SILVEIRA

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