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Frimesa aposta no mercado externo para crescer 15% em faturamento este ano

Avanço virá sobretudo das exportações de carne

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A Frimesa, cooperativa líder na produção de suínos no Paraná, quer ampliar em 15% seu faturamento em 2024, de R$ 6,1 bilhões para R$ 7,3 bilhões. O avanço virá sobretudo das exportações de carne, avalia Elias Zydek, diretor executivo. Até maio, a receita cresceu 11%, puxada pelos embarques externos, que aumentaram 30%.

Unidade de abates e processamento de suínos da Frimesa em Assis Chateaubriand (PR)  Foto: Frimesa

O dólar valorizado frente ao real e a estabilidade dos preços da carne suína no mercado externo são fatores a impulsionar a operação da cooperativa de Medianeira, que também espera habilitar mais unidades frigoríficas a fim de ampliar a presença lá fora, diz Zydek. “Chile, México e Coreia do Sul devem se abrir à carne suína do Paraná ainda este ano. Também esperamos pelo Japão em 2025.”

Abates crescem em nova unidade

Para acompanhar as exportações, a produção da Frimesa aumentou 12% em 2024. São 12,5 mil animais abatidos/dia, volume que subirá a 15 mil ao fim de setembro, quando o frigorífico de Assis Chateaubriand (PR), inaugurado no ano passado, entrar em plena operação.

Investimento ainda vai esperar

Há planos para dobrar a capacidade da unidade, para 15 mil abates por dia, mas Zydek diz esperar melhoras no mercado interno para concretizar a expansão, prevista em R$ 500 milhões. Hoje a Frimesa tem 8% de participação no mercado de carne suína do País. Seu objetivo é, em dez anos, atingir 13% de market share.

Barter digital

O E-agro, marketplace de agronegócio do Bradesco, quer oferecer até o fim do ano a opção de barter, ferramenta pela qual o produtor troca grãos por insumos. “O que temos por enquanto é a Cédula de Produto Rural com garantia de produção, em que o produtor coloca grãos ou gado como garantias do empréstimo”, diz Nadege Saad, head do E-agro. A novidade deve ir à frente junto com um parceiro ainda não divulgado.

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Expansão

A BemAgro, agtech de processamento de dados e imagens para a agricultura, quer ampliar a atuação em outros países, sobretudo na América Latina. No início do mês, na Argentina, participou da feira agrícola AgroActiva, onde seu produto desenvolvido em parceria com a CNH, o FieldXplorer, despertou interesse de agricultores que detêm área de 150 mil hectares. Hoje, as soluções da startup alcançam 5 milhões de hectares em grãos, cana e cultivos perenes. O plano é dobrar esse número até 2031, diz Johann Coelho, o CEO.

Crescimento

A BemAgro espera que em cinco anos 30% do faturamento venha da internacionalização, hoje em 10%. A expansão deve triplicar a receita em 2024, prevê Coelho. A empresa já fez uma rodada de investimentos de R$ 10 milhões em fevereiro para crescer inclusive no Brasil. A BemAgro começou a atuar na Ásia em 2023, onde alcança 60 mil hectares de cana, com possível avanço para 150 mil hectares até 2025. E também quer levar suas soluções à Europa e América do Norte em 2026.

Pergunta e responde

A JetBov, startup de gestão pecuária, lança hoje o JetBov Gestor, um app com inteligência artificial, que como o ChatGPT, reúne e processa um número ilimitado de dados, a fim de traçar a melhor estratégia para decisões. Para garantir o maior nível de acertos, a ferramenta é abastecida por conteúdos técnicos e estratégicos, diz Xisto Alves, CEO da JetBov, que investiu R$ 8,2 milhões na tecnologia e pretende alcançar as 3,9 mil fazendas pecuárias que já usam o JetBov.

Cabo de guerra

O setor produtivo volta a temer que o seguro rural possa ficar de fora do Plano Safra 2024/25. Parte do governo defende que a subvenção ao prêmio do seguro seja discutida no orçamento anual, enquanto o Ministério da Agricultura busca a suplementação dos recursos em ao menos R$ 1 bilhão para 2024, junto ao anúncio da política de crédito oficial e além dos atuais R$ 947 milhões. ”O governo precisa rever o conceito de o Plano Safra ser focado só em crédito e atrelá-lo a políticas de mitigação de risco”, diz fonte contrária à separação dos assuntos.

Governo faz últimos ajustes para novo leilão de arroz

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, diz que o governo “não desistiu” da compra de arroz importado e beneficiado, após anular o primeiro leilão da Conab. O novo edital está sendo estruturado e revisado pelos órgãos de controle. A expectativa é de que o certame ocorra somente após uma nova rodada de conversa com o setor arrozeiro, prevista para quinta-feira.

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Plano Safra 2024/25 deve bater recorde em recursos

Principal política pública voltada ao agro, o Plano Safra 2024/25 deve superar R$ 500 bilhões em recursos para financiar pequenos, médios e grandes produtores. A cifra é almejada nos bastidores do Executivo às vésperas do lançamento, previsto para terça (agricultura familiar) e quarta-feira (empresarial)./LEANDRO SILVEIRA, AUDRYN KAROLYNE, ISADORA DUARTE E TÂNIA RABELLO

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