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Notícias do mundo do agronegócio

Com Yoki à frente, General Mills avança em agricultura regenerativa no Brasil

Fabricante prevê alcançar 26 mil hectares com agricultura regenerativa no País até junho de 2024

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Atualização:

A multinacional norte-americana General Mills vem fomentando a agricultura regenerativa e de baixo carbono na sua cadeia de fornecimento no Brasil. As práticas, largamente utilizadas para soja, são levadas pela empresa, agora, para batata, mandioca, milho, amendoim e especiarias.

Por aqui, a fabricante prevê alcançar 26 mil hectares com agricultura regenerativa até junho de 2024, conta Franciele Caixeta, coordenadora de Desenvolvimento Agro da empresa para América Latina. “O projeto está no terceiro ano, concentrado hoje no Centro-Oeste e no Sudeste, mas queremos expandi-lo. Produtores já veem maior produtividade e lucro no uso dessas práticas”, diz. No Brasil, a companhia detém as marcas Yoki, Kitano e Häagen-Dazs.

Projeto de extensão no campo

Em parceria com o Imaflora, a General Mills capacita e certifica produtores quanto às práticas conservacionistas, incluindo os que não são seus fornecedores. As fazendas devem adotar técnicas como plantio direto, rotação de culturas, redução da aração e uso eficiente de químicos.

Estratégia mundial

O projeto aqui integra a meta global da General Mills de aplicar agricultura regenerativa e de baixo carbono em 400 mil hectares até 2030, de 95,3 mil atuais. EUA, Índia e países da Europa já adotam as práticas. “Quando mostramos o que o Brasil faz, fica clara sua contribuição para o compromisso global”, diz Caixeta.

Em parceria com o Imaflora, General Mills capacita e certifica produtores quanto às práticas conservacionistas, incluindo os que não são seus fornecedores.  Foto: General Mills/Divulgação

Mudança de maré

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A consultoria Alvarez & Marsal vê novo movimento de reestruturação de empresas do agronegócio, reflexo dos desafios da conjuntura atual. Entre 2017 e 2022, no agro houve uma estabilidade quanto a recuperações judiciais, diz Jônatas Couri, responsável pela divisão de Agribusiness. Agora, “vários grupos de produtores agrícolas e revendas de insumos estão recorrendo ao mecanismo”.

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Só em 2023 foi ao menos um pedido de RJ por semana no setor, somando cerca de 50 no ano. A A&M detém participação de cerca de 10% nas RJs do agro e prevê ganhar espaço junto à reestruturação de varejistas agropecuárias de médio e grande porte.

Na ponta

Para a A&M, investidores avessos a risco e um cenário restrito de crédito a levaram a reforçar a atuação na intermediação de operações bancárias, antes voltada à assessoria de crédito em títulos agrícolas. Neste ano, participou da estruturação de uma operação de R$ 250 milhões para uma multinacional de silos metálicos.

Mercado flat

O setor de máquinas e equipamentos agrícolas deve findar o ano com queda de 20% das vendas, mas 2024 promete ser de estabilidade, prevê a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. “Não vemos gatilhos nem para alta nem para a queda”, diz Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.

Mas os efeitos do El Niño sobre a safra seguem no radar, assim como a redução da taxa básica de juros, que tende a se refletir no mercado só no 2.º semestre, com o lançamento do novo Plano Safra. “Pedimos a revisão das taxas atuais ao governo, mas a tendência é a de que permaneçam nestes níveis no 1.º semestre.”

Suporte

Bastos avalia que, neste ano, a retração das vendas de máquinas e equipamentos poderia ter sido maior não fosse o Programa Mais Alimentos, destinado à compra de máquinas agrícolas por pequenos agricultores. “O governo ofertou R$ 6 bilhões nesta linha a juros de 5%, o que fez com o que o mercado de baixa potência não caísse tanto quanto o de alta potência.”

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Perto do campo

O Sicoob liberou de julho a novembro R$ 22,5 bilhões em crédito rural. O valor representa 43% dos R$ 52 bilhões previstos na safra 2023/24, que termina em junho de 2024. Na comparação com igual período de 2022, são 34% mais, diz Francisco Reposse, diretor comercial e de canais do banco cooperativo.

ADM prevê processar mais soja no ano que vem

A norte-americana ADM espera aumentar em 20% o volume de soja processado em suas indústrias no Brasil em 2024, com expansão nas fábricas de Mato Grosso do Sul, Maranhão e Minas Gerais. A estratégia permitirá ampliar dos atuais 11% para 12,5% o market share no mercado brasileiro, diz Luciano Souza, executivo da trading.

Estimativas para colheita de soja podem encolher

Consultorias e governo vêm reduzindo a projeção da safra de grãos 2023/24 por causa do El Niño. O Itaú BBA, que estimou 158 milhões de toneladas na soja, deve revisar para baixo este número em janeiro, adianta César de Castro Alves, analista do banco: “Até agora, em dezembro não choveu o que se previa”. / ISADORA DUARTE, AUDRYN KAROLYNE, VINICIUS GALERA E TÂNIA RABELLO

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