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Raiar quer produzir 9 milhões de ovos por mês em 2025 após captar R$ 100 milhões

Empresa mais do que dobrou a produção de ovos em 2024, de 2 milhões de unidades/mês em 2023 para 4,5 milhões

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A Raiar Orgânicos mais do que dobrou a produção de ovos em 2024, de 2 milhões de unidades/mês em 2023 para 4,5 milhões, e espera repetir o feito no próximo ano, alcançando 9 milhões. A expansão é sustentada pelos R$ 100 milhões captados neste ano, em uma rodada de investimentos e também empréstimo junto ao Rabobank. Os recursos permitirão crescer o plantel das atuais 300 mil aves para 500 mil em 2025, a ser definido, segundo Marcus Menoita, o CEO.

Ovos orgânicos da Raiar são atualmente produzidos em Avaré (SP) Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Demanda crescente por orgânicos

O faturamento da Raiar deve dobrar em 2025, a R$ 100 milhões, num ritmo esperado também nos anos seguintes, visto o aumento da demanda por ovos orgânicos. O CEO diz que enquanto a oferta de ovos cresce em média 3,5% ao ano, a expansão dos orgânicos é de mais de 60%.

Novo produto e alcance puxam vendas

A empresa está próxima de alcançar 2 mil pontos de venda, em oito Estados – todos do Sul e Sudeste, além de Goiás – e no Distrito Federal. Esse crescimento foi puxado sobretudo pela introdução dos ovos líquidos pasteurizados, lançados há um ano. “Crescemos com a bandeira de sermos os únicos com a opção orgânica”, diz Menoita.

Rende mais

A Verdureira, de saladas prontas, projeta faturar R$ 16 milhões este ano, o dobro de 2022, e alcançar R$ 24 milhões em 2025. A empresa produz 75 toneladas mensais de hortaliças em São Roque (SP), sendo 45,7 toneladas pelo sistema floating de hidroponia. A técnica, que substitui o solo por piscinas com água e nutrientes, oferece produtividade 12,5 vezes maior e economia de 96% de água. “Controlar a produção nos protege de crises no verão e garante qualidade”, afirma Ari Rocha, CEO.

Mercado em potencial

Com 18 produtos no portfólio e presença em 350 pontos de venda em 20 cidades paulistas, a Verdureira prepara expansão para o Vale do Paraíba e região de Ribeirão Preto. Descarta planos de internacionalização por ver amplo espaço no mercado brasileiro de saladas prontas, ainda fragmentado e sem uma marca nacional. “Nossa meta é ser a primeira marca de alcance nacional, mas a verdura não viaja – precisamos ter produção local”, diz Rocha. A empresa, que recebeu R$ 10,3 milhões da Baraúna Investimentos em 2022, avalia nova captação.

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Saudosismo

As polêmicas entre o agronegócio brasileiro e as companhias francesas estão longe de acabar. Diplomata brasileiro na União Europeia vê risco de mais empresas, além de Carrefour e Danone, aderirem a boicotes contra produtos do agronegócio nacional. “A pressão dos produtores franceses por medidas protecionistas é forte. Saudades da época quando a polêmica era sobre rechear ou não o croissant”, brinca ele.

Segue o jogo

Apesar da resistência da França em relação ao acordo Mercosul-União Europeia, o governo brasileiro mantém o otimismo quanto à conclusão do pacto comercial. “A posição da França é minoria no bloco. Tudo indica que o acordo sai em dezembro”, diz um interlocutor que acompanha as negociações.

E precisa mais?

O idioma não foi um obstáculo para a comunicação entre representantes do agronegócio brasileiro e autoridades do governo chinês durante a visita do presidente Xi Jinping ao País. “O bom humor após o anúncio da abertura de mercado para sorgo, gergelim, uva fresca e farinha de peixe do Brasil foi contagiante. Nenhuma palavra em mandarim precisou ser dita”, disse um executivo da indústria da carne. No cardápio do jantar de celebração, pato, purê de mandioquinha, pirarucu e xinxim de galinha.

JBS investe em seis fábricas na África

A JBS vai entrar no mercado africano de carnes após firmar acordo com o governo da Nigéria para a construção de seis fábricas no país. Com investimento de US$ 2,5 bilhões em cinco anos, a empresa busca aproveitar o crescimento populacional da Nigéria – o país deve ter em 2050 a 3.ª maior população do mundo – para expandir sua presença no continente.

Mercado espera estimativa de safra de cana da Conab

O mercado acompanha na quinta-feira a divulgação do 3.º levantamento da safra de cana 2024/25 pela Companhia Nacional de Abastecimento. Os dados devem refletir os efeitos da seca e dos incêndios entre julho e agosto. Caso as projeções sejam reduzidas, os preços do açúcar podem ganhar novo impulso. /LEANDRO SILVEIRA, GABRIEL AZEVEDO e ISADORA DUARTE

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