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Tirolez quer se expandir pelo Brasil, dobrar pontos de venda e faturar R$ 2,5 bilhões

Objetivo é dobrar o número de pontos de venda para 60 mil em dois anos, intensificando a presença em regiões além do Sudeste, que hoje representa 80% dos negócios

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Atualização:

A Tirolez espera crescer mais de 10% ao ano até 2027, e chegar lá com receita de R$ 2,5 bilhões. A meta foi traçada pela nova gestão da empresa familiar produtora de lácteos, que em 2024 passou a ser liderada pelo CEO Marcel de Barros, ex-Nestlé. Para isso, quer se expandir para além do Sudeste, que hoje representa 80% dos negócios.

O objetivo é dobrar o número de pontos de venda para 60 mil em dois anos, intensificando a presença em outras regiões do País. Um passo importante para isso foi a abertura da fábrica de Caxambu do Sul (SC), com capacidade para 1 milhão de litros de leite/dia e produção de 5 mil toneladas de muçarela. A unidade ainda opera com 60% da capacidade e o custo de construção foi de R$ 150 milhões.

Crescimento acima do mercado

A nova gestão da Tirolez afirma que o faturamento no 1.º semestre superou R$ 1 bilhão, avanço de dois dígitos, enquanto o mercado cresceu entre 8% e 9%. Para os próximos meses, haverá aporte de R$ 60 milhões em maquinários e no fortalecimento do portfólio de manteigas.

Aposta em jovens para consumo de queijo

A Tirolez trabalha com a expectativa de aumento do consumo de queijo pela população brasileira, atualmente em 6 quilos por habitante por ano, mas que pode crescer pela maior demanda entre os jovens. “Países como Chile e Argentina consomem mais do que dobro que nós”, compara o CEO.

Queijos da Tirolez devem estar em pelo menos 60 mil pontos de venda em um prazo de dois anos, em várias regiões do País Foto: Renato Caiuby/Tirolez/Divulgação

Fez sucesso

A varejista agrícola Lavoro alcançou em 2023/24 R$ 1,2 bilhão em vendas via barter, ferramenta pela qual o produtor troca grãos por insumos usados no plantio. Foram mais de 533 mil toneladas de soja negociadas entre fevereiro e março de 2024. Marcos Oliveira, diretor de operações de commodities, conta que a empresa já prepara a campanha para a safra 2025/26, com início em fevereiro do ano que vem.

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Base mais ampla

Com a recente adesão da Marfrig ao levantamento diário realizado pela Datagro, o Indicador do Boi divulgado pela consultoria atinge uma amostra de cerca de 70% do abate nacional, excluindo bovinos negociados a termo, ou seja, por “encomenda” dos frigoríficos. O volume relevante, que também inclui JBS, Minerva e Barra Mansa, acelerou as discussões para que o indicador seja incluído nas bolsas de valores, permitindo seu uso como base para contratos futuros. “Estamos prontos, é um pleito nosso”, explica João Figueiredo, chefe da Datagro Pecuária.

Pecuaristas no foco

Para ampliar o alcance do seu indicador, a Datagro tornou o aplicativo gratuito e começou a percorrer regiões pecuárias relevantes, como Rondônia, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará, com o programa “Boi na Estrada”. No entanto, a adesão dos pecuaristas ainda é baixa, com cerca de 8,5 mil usuários cadastrados. A meta é inserir 100 mil produtores no aplicativo.

O embaixador do agro

A partir do ano que vem, o Brasil vai contar com mais 11 adidos agrícolas no exterior. Nigéria, Argélia, Etiópia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Irã, Emirados Árabes Unidos, Malásia, Turquia e Filipinas ganharão novas representações do agronegócio brasileiro, antecipa à coluna Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. “A Ásia é um importante destino das exportações brasileiras. Na África, queremos reforçar a cooperação técnica e relações comerciais”, explica.

Lá fora

O Brasil tem hoje 29 adidos agrícolas, que assessoram as representações diplomáticas. Eles são responsáveis por prospectar oportunidades de comércio, investimento e cooperação para o agronegócio brasileiro. “Isso mostra o compromisso do governo com a diplomacia porque dá resultado com recordes de mercados abertos para produtos agropecuários, ampliação da pauta exportadora e reduções tarifárias”, diz Perosa.

Farelo de milho e óleo estão isentos de tributos

Indústrias de proteína animal e de biocombustíveis serão beneficiadas pela suspensão da incidência de PIS/Pasep e Cofins sobre vendas de farelo e óleo de milho. A lei que estende a isenção da cobrança dos tributos, já concedida à soja, foi sancionada na última semana. Os tributos representavam cerca de 9% dos preços dos produtos, estima o Ministério da Agricultura.

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Orgânicos entram na pauta da missão ao Chile

A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Chile, acompanhado da equipe ministerial, terá na agenda diversos protocolos para agricultura. Um deles será a certificação de equivalência de orgânicos brasileiros. Outro será a emissão eletrônica para comércio de vinhos, cachaças e licores. / LEANDRO SILVEIRA, AUDRYN KAROLYNE e ISADORA DUARTE

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