Após cinco dias de paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil, a cadeia de serviços sofre com o desabastecimento. Com o estoque de combustíveis perto do fim, hospitais cancelaram cirurgias eletivas, a Prefeitura de São Paulo limitou a coleta de lixo e a frota de ônibus e até a polícia reduziu o período das rondas das viaturas. Em meio ao caos, há quem consiga enxergarar algo positivo. Empresários das capitais paulista e federal fizeram entregas a cavalo como uma ação de marketing para demonstrar apoio à greve.
Daniel Franco, da empresa de bebidas Saideira do Brasil, arrumou cavalos para suprir a falta de gasolina das motos. "Foi uma ideia de marketing, mas quem sabe não usamos se o desabastecimento permanecer", brinca. Os cavaleiros com capacete e mochilas típicas dos motoboys chamaram a atenção das pessoas no bairro de Pinheiros e a novidade fez sucesso no Twitter.
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Junior Tadayoshi teve a mesma ideia, mas descarta usar os cavalos como transporte para o delivery: "Foi mais uma forma de demonstrar apoio aos caminhoneiros, até porque é perigoso andar com os animais pela cidade". Tadayoshi é proprietário da cadeia de lanchonetes 389 Burger, com lojas em Brasília e cidades do Planalto Central, e reclama dos altos preços dos combustíveis. "Temos caminhões e sofremos com o problema", diz ele.
Os dois empresários conseguiram os cavalos junto a haras das regiões e também contrataram cavaleiros para não colocar em risco funcionários.
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