Carnaval: como se proteger de golpes com cartão e celular? Veja dicas

Foliões distraídos estão mais vulneráveis a caírem em golpes; veja as principais situações que podem acontecer e como se prevenir

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Atualização:

Nas festas de carnaval, que neste ano acontecem entre os dias 1º e 4 de março, a distração dos foliões aumenta a vulnerabilidade a golpes e criminosos se aproveitam dessa oportunidade para agir. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) publicou um alerta com os golpes mais comuns e dicas de como aproveitar a data com segurança.

A seguir, veja o que você pode fazer antes de sair para a festa e quais medidas tomar durante as comemorações.

Golpe da maquininha

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Nas aglomerações, já se sabe que é necessário ter um cuidado extra com o celular e a carteira, visto que furtos são facilitados. Além disso, é preciso estar atento com o “golpe da maquininha” ao fazer pagamentos com cartão.

Golpistas que trabalham como vendedores podem agir de diversas formas. Em um dos golpes, o vendedor presta atenção no momento em que o cliente digita a senha na maquininha. Ele pode alegar algum problema na máquina, no sistema ou na internet, enquanto troca o cartão do usuário por um similar. Depois, o cartão roubado é utilizado para realizar pagamentos com a senha que o golpista decorou.

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A Febraban alerta que o campo da senha deve mostrar apenas asteriscos. Golpistas podem não colocar o valor da compra e solicitar a senha, que irá assim aparecer no visor quando o cliente digitá-la. Outra recomendação é nunca entregar o cartão na mão do vendedor e sempre conferir se o cartão devolvido é realmente o seu.

No meio das aglomerações, foliões podem se distrair e acabar caindo em golpes.  Foto: Alex Ferro/Riotur

É importante também sempre verificar o valor da compra. Aproveitando a distração das vítimas, golpistas podem fazer uma compra de R$ 9 se tornar R$ 90 ou R$ 900. Por isso, não faça transações em máquinas com o visor estragado. Se o vendedor informar que precisa passar o cartão novamente, desconfie. Verifique o valor e se houve alguma cobrança diferente pelo aplicativo do seu banco.

Desabilite o pagamento por aproximação

A possibilidade de pagamento por aproximação facilita que o cartão seja usado por ladrões mesmo sem a posse da senha. Por isso, a Febraban orienta que o cliente desabilite temporariamente o pagamento por aproximação dos cartões de crédito e débito, mantendo apenas a possibilidade por inserção dos cartões nas maquininhas.

“Caso o cliente queira manter a função de pagamento por aproximação, recomendamos que o cadastramento dos cartões de crédito seja feito apenas no aplicativo wallet (carteira) dos smartphones, utilizando o pagamento por aproximação apenas pelo celular”, orienta Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban. Dessa maneira, o cartão de crédito só ficará ativo na carteira do aparelho após o desbloqueio do celular, mediante mecanismos de segurança de cada banco.

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Limite de transferências Pix

A Febraban orienta os foliões a revisarem os valores que realmente forem usar antes de saírem de casa, além de habilitar as ferramentas de segurança do aparelho. “Todo usuário pode configurar, no app do seu banco, o limite de transferência via Pix. A medida é importante para auxiliar na gestão e controle de transações e a funcionalidade está disponível no internet banking e nos aplicativos bancários na área ‘Meus Limites Pix’”, diz Faria.

Golpes com celulares

Celulares e cartões não devem ser guardados soltos em bolsos, evitando assim furtos.

Quando celulares são furtados desbloqueados, no momento em que a vítima o está utilizando, criminosos tem maior facilidade de acessar os aplicativos e buscar por senhas no aparelho que possam estar guardadas. Por isso, a recomendação é não armazenar senhas em blocos de notas, e-mails, mensagens de WhatsApp ou em outros locais do celular.

A senha deve ser única para acesso ao banco. Também use sempre o bloqueio de tela inicial, biometria facial/digital para acessar o celular e os aplicativos. Outra dica é ativar o bloqueio automático de tela, diminuindo ao máximo o período em que o celular fica desbloqueado.

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A Febraban destaca que os aplicativos de bancos possuem segurança alta em todas as suas etapas. “Além disso, para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente e outro fator de autenticação definido por cada instituição”, diz a instituição em nota.

Mais dicas de como se proteger

  • Configure um método de autenticação usando senhas longas, alfanuméricas, e evite padrões de desbloqueio simples;
  • Ative o bloqueio automático da tela para o menor tempo possível;
  • Desabilite opções na tela bloqueada, tais como visualização de mensagens e acessos rápidos a configurações;
  • Proteja seu chip SIM ativando o bloqueio do chip e altere o código PIN padrão para evitar o uso em outro aparelho;
  • Não armazene senhas no celular;
  • Use um gerenciador de senhas seguro;
  • Evite senhas baseadas em informações pessoais;
  • Não repita as mesmas senhas em diferentes contas.