RIO - A Petrobras informou que foi comunicada nesta quinta-feira, 20, da renúncia de Marcelo Gasparino da Silva ao cargo de conselheiro de administração, com efeitos a partir de 20 de março deste ano ou até a eventual nomeação de um substituto pelo colegiado.
O Estadão/Broadcast apurou que o principal motivo para a renúncia de Gasparino foi a proposta de alteração do Estatuto Social da Eletrobras, da qual também é membro do conselho de administração. No próximo dia 26, a Eletrobras realiza Assembleia-Geral Extraordinária (AGE) para mudar o estatuto, que pode limitar a participação de Gasparino em outros conselhos de administração.
Divergência com outro representante dos acionistas minoritários também teria influenciado para a renúncia, segundo uma carta enviada por Gasparino ao presidente do colegiado, Pietro Mendes.
Na carta à qual o Estadão/Broadcast teve acesso, Gasparino diz: “2024 foi um ano turbulento. Ataques pessoais, falta de sintonia entre os conselheiros eleitos pelos acionistas minoritários após a chegada de um novo membro, a ponto de tentar vetar a ampliação da representação da própria minoria na composição dos comitês consultivos, me fizeram repensar se este é um ambiente no qual eu gostaria de permanecer”.

Gasparino era do conselho fiscal da empresa desde 2019 e membro do conselho de administração desde 2021. Seu mandato iria até 2026.
Ao anunciar a sua renúncia, a companhia esclarece que, nos termos do artigo 150 da Lei 6.404/76 e do artigo 25 do Estatuto Social, em caso de vacância de cargo de conselheiro, ele poderá ser preenchido por substituto nomeado pelo colegiado, até que seja realizada uma próxima Assembleia-Geral de Acionistas. A próxima está prevista para ocorrer no dia 16 de abril.
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A petrolífera afirmou que, caso ocorra a nomeação antes da assembleia, irá informar ao mercado. /Com Danielle Fonseca, especial para o Estadão/Broadcast