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Conta do subsídio ao setor elétrico vai ficar impagável, diz Maurício Tolmasquim

Discussão sobre subsídios foi intensificada pela proposta de prorrogação das facilidades para geração distribuída, principalmente solar, que tramita no Congresso

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RIO - O coordenador do grupo de trabalho da transição para Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, fez duras críticas à concessão de subsídios para segmentos do setor elétrico, como a geração distribuída de energia solar.

Tolmasquim disse que os custos desse benefício ao consumidor só têm crescido e podem se tornar insustentáveis. A discussão foi intensificada pela proposta de prorrogação das facilidades para geração distribuída, principalmente solar, que tramita no Congresso.

Maurício Tolmasquim, coordenador do grupo de trabalho da transição para Minas e Energia Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

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Ele disse compreender os parlamentares que apoiam a expansão da energia solar, mas afirmou que a conta pode se tornar impagável.

A saída, disse Tolmasquim, será fazer um pacto, reunindo agentes do setor e congressistas por um acordo no sentido de frear os subsídios e a “engorda” da conta de luz em um país que, contraditoriamente, tem baixo custo de geração e altos preços ao consumidor.

“Cada associação tenta passar a sua medida. É a lei da selva, e quem paga é o consumidor. É um drama que esse país está vivendo. Estamos perdendo competitividade na economia, comprometendo o poder de compra das famílias. E até usina a carvão vai receber benefício”, criticou.

O coordenador afirmou que toda fonte deve ser incentivada em seu início, mas, ao amadurecer e não precisar mais de facilidades, os benefícios devem ser retirados para não onerar mais a tarifa final.

Questionado se o problema dos subsídios poderia ser tratado no projeto de lei 414, que abre totalmente o mercado livre de energia e moderniza o setor, Tolmasquim disse julgar que isso seria um erro e que, ao misturar as coisas, corre-se o risco de não andar com nenhuma das pautas.

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Pelas normas atuais, quem instalar o sistema ou solicitar a instalação até 7 de janeiro de 2023 terá direito à manutenção, pelo prazo de 25 anos, do desconto nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição. Mas hoje se discute postergar esse prazo para 6 de janeiro de 2024.

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