Os novos contratos de aluguéis de casas e apartamentos apresentaram alta média de 13,4% na cidade de São Paulo no acumulado de 2010, conforme a Pesquisa Mensal de Locação Residencial realizada pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
Já nos contratos novos firmados em dezembro, o Departamento de Economia e Estatística do Sindicato, que faz o monitoramento do setor de locação, observou um aumento médio de 1,9% no preço em relação ao mês anterior. "Esse leve incremento pode ter como causa o crescimento das devoluções e o consequente atendimento de listas de espera", diz Francisco Crestana, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.
Nos contratos em vigor com vencimento neste mês de janeiro e com o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) como indexador, a alta foi de 11,32% no ano, correspondente à correção do índice de janeiro a dezembro de 2010.
Para Crestana, a alta ligeiramente superior à variação anual do IGP-M no acumulado do ano é reflexo da falta de imóveis para alugar na cidade de São Paulo e de um processo de recuperação dos preços. Conforme a entidade, durante muito tempo os alugueis variaram menos do que os índices inflacionários. De 1998 a 2002, o aluguel novo oscilou 10%, ao passo que a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), totalizou 42%. Em 2003 e 2004 os dois indicadores ficaram emparelhados e a partir de 2005 os valores de locação sofreram aumentos reais em função da escassez de produtos.
Os imóveis de um quarto foram os que mais subiram no mês de dezembro (3,5%), enquanto os de dois dormitórios registraram valorização de 0,8% e o segmento de três quartos subiu 1,3%.
Os proprietários de casas e sobrados conseguiram alugar seus imóveis mais rapidamente, com um intervalo de 12 a 28 dias. Os apartamentos, por outro lado, escoaram em um ritmo menor, com o Índice de Velocidade de Locação (IVL) variando de 18 a 37 dias.
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