O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central está bem preocupado com o aumento das projeções de inflação e são elas que vão ditar os rumos da taxa básica de juros da economia brasileira no futuro próximo.
Essa preocupação está explícita no documento divulgado pelo BC nesta terça-feira, 25, que traz os detalhes da reunião da semana passada do grupo, quando foi encerrado o ciclo de queda da taxa Selic.
Os diretores do BC incluem o avanço das projeções de inflação entre os fatores que levaram o grupo, por unanimidade, a interromper o ciclo de queda da taxa básica de juros do País.
Neste momento, Roberto Campos Neto e demais integrantes da diretoria colegiada do BC trabalham com a seguinte perspectiva: deixar a Selic parada em 10,50% ao ano por um bom tempo porque juros básicos desse tamanho ajudam a controlar a alta dos preços e, em tese, fazer com que as projeções de inflação voltem a ficar em linha com as metas.
Mas, para ninguém acusar o Banco Central de surpresinha, mais à frente, os integrantes do Copom deixam um recado claro ao final da ata: o comando do BC seguirá de olho nas projeções daqui para frente e relembra a todos os leitores que, “como usual”, qualquer movimento que venha a ser feito com a taxa básica de juros no futuro será única e exclusivamente para fazer com que os preços voltem a andar em linha com a meta.
Em outras palavras, se as projeções não recuarem, o juro básico vai subir para ancorar as coisas de uma vez por todas.
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