Branco, verde, azul e rosa: por que o hidrogênio tem diferentes cores e o que elas significam?

Cores são usadas para classificar hidrogênio com base em sua origem

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Com o crescente foco na transição energética, o hidrogênio emerge como protagonista na busca por uma economia mais sustentável, por ser uma fonte limpa e ter o triplo de energia do que a gasolina. Para além do conhecido hidrogênio verde, esta fonte de energia possui diferentes “cores”, que representam um avanço significativo para o processo de descarbonização, já que apontam diferentes caminhos para reduzir a emissão de setores-chave, como a indústria de transportes, por exemplo.

Atualmente, essas diferentes cores são usadas para classificar o hidrogênio com base em sua origem. Confira abaixo o que significa cada uma delas.

Hidrogênio verde

O hidrogênio verde é aquele produzido pela eletrólise da água, que pode ser do mar, usando energia renovável. Na eletrólise, o hidrogênio é separado do oxigênio por uma corrente elétrica, que, por sua vez, vem de uma fonte totalmente renovável, como a eólica ou a solar. De acordo com a Hydrogen Europe, uma associação europeia dedicada ao estímulo desta fonte de energia, embora menos comum, o hidrogênio verde também pode se referir a aquele usando outras fontes renováveis, como a de bio-resíduos, que também resulta em emissões nulas.

Hidrogênio branco

O hidrogênio branco, também chamado de hidrogênio natural devido à sua pureza, é aquele produzido naturalmente na crosta terrestre, portanto é uma fonte potencial de energia limpa gerada continuamente pela Terra. Os reservatórios de hidrogênio se formam quando a água aquecida encontra rochas ricas em ferro. O diferencial do hidrogênio branco em relação ao verde é que ele não precisa passar pelo processo de “separação”, o que o torna mais limpo.

Trabalhadores atuam no local de perfuração de um depósito de hidrogênio branco, em Folschviller, França. Foto: Violette Franchi/The New York Times

Hidrogênio azul

Segundo o CSIRO, o órgão governamental da Austrália para pesquisa científica, o hidrogênio azul é produzido por meio de um processo denominado “reforma a vapor”. Esse tipo de hidrogênio refere-se ao hidrogênio derivado do gás natural, que é um combustível fóssil, capturado nas chaminés das indústrias, no entanto, a maior parte do CO2 emitido durante o processo é capturado e armazenado no subsolo.

Publicidade

Hidrogênio cinza

O hidrogénio cinzento também é extraído do gás natural por meio da reforma a vapor (portanto, derivado do gás natural)), como o azul, mas a diferença é que, durante este processo, as tecnologias relevantes não capturam CO2 que é produzido e, eventualmente, ele é liberado para a atmosfera, segundo a CISRO, o que acaba contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa. Por isso, dentre os hidrogênios, ele é considerado um com impacto ambiental mais significativo.

Hidrogênios marrom e preto

De acordo com a a Hydrogen Europe, produzido a partir do carvão, as cores preta e marrom do hidrogênio se referem a dois tipos diferentes de carvão. O preto é o de carvão betuminoso, enquanto o marrom é de linhito. A gaseificação do carvão é um método utilizado para produzir hidrogênio, porém, esse processo é considerado significativamente poluente, já que o CO2 e o monóxido de carbono são produzidos como subprodutos e libertados na atmosfera.

Hidrogênios rosa e roxo

Assim como o hidrogênio verde, o rosa e o roxo são produzidos a partir da eletrólise da água, de acordo com a Hydrogen Europe. O roxo é produzido usando energia nuclear e calor por meio da divisão combinada da eletrólise quimiotérmica da água. Já o rosa é produzido por meio da eletrólise da água usando eletricidade de uma usina nuclear.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.