Corte no orçamento deve ser decidido hoje, diz Mantega

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Por Agencia Estado
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O ministro do Planejamento, Guido Mantega, informou esta manhã que sua equipe deve definir hoje um novo corte no orçamento federal de 2003. Segundo o ministro, este contingenciamento será "com certeza" inferior a R$ 1 bilhão. O governo fez em fevereiro um corte de R$ 14 bilhões e, em maio, liberou R$ 1,5 bilhão. O novo corte pretende adequar as receitas ao montante de despesas previsto, já que em agosto a arrecadação federal sofreu uma queda de R$ 600 mi em relação ao estimado pelo governo. O ministro disse ainda que a arrecadação de setembro já está em linha com o projetado e deve se manter assim até o final do ano. Investimentos Ao chegar à embaixada do Reino Unido, onde fará uma palestra para empresários ingleses, o ministro disse que as discussões entre os países desenvolvidos e os membros do G-22, em Cancún, não devem prejudicar a atração de investimentos para o País. Na avaliação do ministro, o embate na última reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) foi uma situação normal. "É um jogo normal de gente grande, e nós temos que nos juntar a blocos porque, isolados, ficamos mais fracos", afirmou. Ele avalia, também, que a situação econômica brasileira é atrativa para os investidores estrangeiros. O ministro adiantou que, na palestra que fará, para dirigentes de empresários britânicos com investimentos no Brasil, pretende mostrar que a situação hoje é "extremamente favorável" ao crescimento. Ele lembrou que as transações correntes do País, que acumulam superávit nos últimos 12 meses, mostram que o Brasil está consolidado e pode pagar suas dívidas, o que mostra que o País é seguro. Mantega disse, também, acreditar que o risco-País pode cair para 400 pontos base, patamar classificado por ele como ideal. Ele não precisou, entretanto, em quanto tempo esse patamar poderia ser alcançado. O evento do qual o ministro está participando é a British News Conference 2003, um encontro anual promovido pela embaixada, do qual participam, entre outros, representantes do HSBC, da Shell, BP, Anglogold, Rolls Royce e British Airways.

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