Com alta de 2,2% no dia, Bolsa brasileira consegue fechar setembro no azul

Ganho foi de 0,47% em setembro, marcando a terceira valorização mensal seguida; dólar fechou estável e acumulou alta de 3,7% no mês

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O Ibovespa avançou 2,2% nesta sexta-feira, 30, e superou a linha dos 110 mil pontos no último pregão antes do primeiro turno das eleições. Com isso, o mercado financeiro encerrou setembro com leve alta de 0,47%. O resultado marca a terceira variação positiva mensal para o principal índice do mercado nacional, após altas em julho (4,69%) e agosto (6,16%).

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No fim do dia, o dólar encerrou cotado a R$ 5,39, quase estável (baixa de 0,02%). A moeda americana teve alta de 2,78% na semana e de 3,71% em setembro. No ano, a moeda ainda recua 3,25% – o que faz do real, ao lado do peso mexicano, o principal destaque entre as divisas globais em um período marcado por fortalecimento do dólar.

Se a típica volatilidade que costuma preceder eleições presidenciais não se fez presente neste ano, o quadro externo tem mantido reduzido o apetite por risco, em meio às incertezas globais sobre a inflação e os juros. Enquanto isso, os ativos brasileiros mostram resiliência e, em certos momentos, até descolamento da perspectiva desafiadora para a economia global, favorecidos pelo fim do ciclo de elevação de juros no País

No quadro doméstico, a aproximação de Henrique Meirelles à candidatura Lula na reta final da campanha foi recebida com bons olhos pelos investidores – um complemento ao vice, Geraldo Alckmin, como possíveis esteios da política fiscal em eventual terceiro governo Lula. Hoje, contudo, Meirelles negou ter recebido convite para assumir a Economia caso o petista vença a eleição.

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Meirelles negou ter recebido convite de Lula para assumir o Ministério da Economia caso petista seja eleito Foto: Dida Sampaio / Estadão

Para a economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest, “a cautela com as eleições e o fechamento do mês trouxeram mais volatilidade para o câmbio”. “O comportamento do dólar na semana esteve muito mais ligado a fatores externos, como a expectativa para novas altas da taxa de juros americana”, afirma o sócio e líder de câmbio da Nexgen Capital, Felipe Izac.

“Vimos hoje o efeito positivo em torno do nome de Meirelles, que já havia acontecido antes quando ele declarou apoio formal ao petista”, afirma Gabriel Cunha, especialista em mercados internacionais do C6 Bank, ressaltando que a moeda americana subiu contra a maioria das moedas internacionais nesta sexta-feira.

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