Coteminas tem dívida com Shein, gestoras e mais de 15 bancos, incluindo BB, Fibra e Pine

Empresa do setor têxtil é do empresário Josué Gomes da Silva, atual presidente da Fiesp

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Foto do author Altamiro Silva Junior
Atualização:

Parceira da Shein no Brasil, a Coteminas, do empresário Josué Gomes da Silva, tem uma dívida líquida de R$ 1,1 bilhão e, agora em recuperação judicial, as conversas vão envolver mais de 15 bancos credores, incluindo grandes instituições, como Banco do Brasil, Bradesco e BTG, e menores, como Sofisa, Pine e ABC Brasil. A lista de credores consta do último balanço público da empresa, do primeiro trimestre de 2023, divulgado com meses de atraso.

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Além dos bancos, em meio às tentativas de resolver os problemas financeiros do grupo, agravado pelo ambiente de juros altos e baixo consumo, a Coteminas buscou uma série de iniciativas nos últimos anos.

Em 2023, levantou um empréstimo de R$ 100 milhões com a Shein ― US$ 20 milhões. Em 2022, conseguiu R$ 180 milhões da gestora Odernes por meio de uma colocação privada de debêntures, e que agora quer reaver estes recursos, após o não pagamento de obrigações pelo grupo.

Entre os bancos credores, o BB aparecia no balanço do primeiro trimestre de 2023 como a maior dívida, de R$ 410 milhões ao final de março. O Bradesco tinha R$ 43 milhões e o ABC Brasil, R$ 36 milhões. Entre os bancos menores, uma das dívidas mais altas era com o Banco Industrial do Brasil, de R$ 49 milhões naquele mês, segundo o balanço.

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Havia ainda dívidas em dólar e outras moedas estrangeiras, como a com o Banco Patagonia, que pertence ao BB, com o próprio BB e com o Banco Luso Brasileiro.

Coteminas atua no setor têxtil Foto: Divulgação / Coteminas

Na Shein, além do financiamento, a Coteminas fechou um memorando de entendimento, em abril de 2023, para que seus 2 mil fornecedores também fornecessem para o grupo chinês. Naquele momento, pressionada pelo governo, a Shein se comprometeu que 85% de suas vendas seriam de produtos fabricados no Brasil.

Em maio do ano passado, a Coteminas conseguiu renegociar dívidas com bancos, com redução de R$ 464,2 milhões da parcela a pagar em 2023. Pela negociação, R$ 324,7 milhões passaram a ter vencimento a partir de 2026.

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