Crédito pessoal: juros em alta

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Por Agencia Estado
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Alguns bancos e financeiras podem estar aproveitando a maior demanda de crédito às pessoas físicas para manter ou até mesmo elevar as taxas de juros cobradas de seus clientes. A constatação é do consultor financeiro, Miguel Ribeiro de Oliveira, que se baseia nas informações publicadas pelo último relatório do Banco Central. Segundo o documento, desde junho, o governo reduziu a taxa básica referencial de juros da economia, a Selic, de 18,5% ao ano para 16,5% ao ano. Esse movimento, porém, não se refletiu no crédito pessoal, que aumentou 1,2 ponto percentual em julho em relação a junho. "Os bancos ou financeiras podem estar oferecendo menos recursos, o que ajuda a sustentar as taxas ou a elevar os seus ganhos", conta. Oliveira cita dois exemplos. O primeiro deles é o volume emprestado para a compra de bens, que passou de R$ 10,45 bilhões em junho para R$ 11,45 bilhões em julho, um aumento de cerca de 10%. O aumento de cerca de 10% nos recursos emprestados foi acompanhado de uma elevação da taxa média de 44,3% para 44,6% ao ano. Inadimplência está caindo, considerando-se os cancelamentos Segundo a Associação Comercial de São Paulo, na 2a quinzena de agosto o número de registros no SPC totalizou 199.018 (no mesmo período de 1999 foram 179.256), enquanto os cancelamentos subiram de 131.284 para 163.887. "Os números absolutos da inadimplência estão subindo mas, se forem descontados os cancelamentos, há uma queda", diz o economista da instituição, Emílio Alfieri.

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