As apostas online, mais conhecidas como bets, ganharam destaque em uma reportagem do jornal londrino The Economist. A publicação diz que o crescimento das apostas na América deve ser comemorado, e não temido. Além disso, sustenta que o avanço deveria ser celebrado como uma expansão da liberdade das pessoas em conduzirem as suas vidas como bem entenderem.
O texto, publicado no dia 5 deste mês de dezembro, começa dizendo que, em 2018, as apostas em bets feitas nos Estados Unidos somavam US$ 7 bilhões (R$ 42,27 bilhões), cifra que saltou para US$ 150 bilhões (R$ 905,9 bilhões) neste ano. Outros US$ 80 bilhões (R$ 483,1 bilhões) vieram de cassinos. O texto diz ainda que esses estabelecimentos estão se espalhando.
A estimativa é a de que as apostas representem uma movimentação de US$ 630 bilhões (R$ 3,8 trilhões) até o final desta década. Segundo o The Economist, a expansão do negócio é tal que até a rede de TV ESPN, de propriedade da Disney, criou o seu próprio aplicativo de apostas.
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Ainda segundo o The Economist, a expansão se deve a muitas decisões judiciais que abriram caminho para que vários locais legalizassem os jogos de azar. Até 2018, ele era apenas permitido em Nevada, e, embora tenha aval em 38 estados, alguns deles impõem restrições. Para a publicação, o jogo é um vício para algumas pessoas. Entretanto, avalia que outros vícios e impostos de que os EUA desfrutam, tais como o do álcool, produzem danos muito piores.
Por fim, o texto diz que vale a pena comemorar o crescimento das apostas e cita pesquisas informando que quatro em cada dez (40%) americanos dizem que apostam em bets, e que a legalização faria dobrar essa cifra, chegando a 80%. Segundo a The Economist, não se deve mensurar a autonomia apenas pela liberdade política, mas sim, pela capacidade de gastar o dinheiro como bem entender.
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