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Lojas Americanas: 8 ex-executivos são acusados de usar informação privilegiada para negociar ações

Comissão de Valores Mobiliários abriu processo por ‘insider trading’ antes da divulgação do rombo bilionário nas contas da empresa; reportagem fez contato com as defesas e aguarda manifestações

Foto do author Beatriz Bulla
Atualização:

RIO - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou na sexta-feira, 18, que abriu processo por uso de informações privilegiadas (insider trading) contra oito ex-executivos da Americanas. São eles: Miguel Gutierrez, Marcio Cruz Meirelles, José Timotheo de Barros, Anna Saicali, Fabio da Silva Abrate, Marcelo da Silva Nunes, João Guerra Duarte Neto e Fellipe Arantes Lourenço Bernardazzi.

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Os profissionais são acusados de usar informação privilegiada - ou seja, dados relevantes e não públicos - para negociar ações da Americanas antes da divulgação do rombo bilionário nas contas da empresa, em janeiro de 2023. Agora, eles deverão apresentar as suas defesas. Ao Estadão, a defesa de Ana Saicali afirmou que irá se manifestar nos autos.

Já Antonio Sérgio Pitombo, responsável pela defesa de José Timotheo, disse: “O caso Americanas precisa ser investigado com olhos de quem queira realmente conhecer a verdade. Por isso, confiamos que a defesa de Jose Timotheo pode provar a sua inocência e mostrar caminhos interessantes para uma investigação imparcial e mais ampla”.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Miguel Gutierrez e aguarda manifestações. A reportagem também tenta localizar a defesa dos demais citados. O espaço está aberto para manifestações.

Ex-CEO Miguel Gutierrez e ex-diretora Anna Ramos Saicali estão na lista da CVM em investigação de informação privilegiada envolvendo as Lojas Americanas.  Foto: Americanas Summit 2021 / Câmara dos DeputREUTERS/Adriano Machado

Para verificar as condutas dos executivos, a CVM enviou ofícios a corretoras de valores mobiliários solicitando documentos cadastrais de investidores, evidências de transmissões de ordens de compra e venda de ações da Americanas e notas de corretagem.

Também foram analisados negócios e realizadas oitivas de investidores. Além disso, houve troca de informações e documentos junto ao autorregulador da bolsa de valores (BSM).

A área técnica da CVM também decidiu instaurar inquérito para apurar eventuais irregularidades das negociações com ações da Americanas S.A. por pessoas sem vínculo com a companhia.

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E ainda há, em andamento, dois inquéritos administrativos (investigação), dois processos administrativos sancionadores (nos quais há acusações formuladas) e dez processos administrativos (procedimentos de análise informacional) relacionados ao caso.

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