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Os rumos do mercado

Payroll marca destino do Fed e julgamento do BC do Brasil

O desempenho do mercado de trabalho nos Estados Unidos marcará o destino da política monetária do Federal Reserve (o banco central dos EUA) e o prejulgamento da guinada do Banco Central (BC) do Brasil. Os números carregam pesada expectativa porque chegam em um momento de instabilidade externa e receio de novo mergulho recessivo global.

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Por Redação

Dependendo do comportamento do emprego, o Federal Reserve poderá se sentir mais inclinado a adotar novas medidas de estímulo na reunião de 20 e 21 de setembro. Já o BC brasileiro preferiu não esperar e partiu para um inesperado corte de 0,5 ponto porcentual da Selic, para 12%, na quarta-feira. Como a autoridade nacional baseou sua atitude no risco de recessão mundial, cada número importante da agenda externa servirá para julgar a decisão do BC.

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No exterior, analistas acreditam que Ben Bernanke terá de agir em algum momento para tentar resgatar a decepcionante economia dos EUA. O consenso sobre o payroll aponta para expectativa de criação de 80 mil vagas de trabalho em agosto, uma queda em relação aos 117 mil postos gerados em julho. Acredita-se que a taxa de desemprego ficará estável, em 9,1%.

A retomada da atividade esperada no início do ano passou bem longe da realidade e as projeções de crescimento dos EUA são revisadas a cada dia. O BNP Paribas decidiu cortar novamente as estimativas e agora espera aumento de apenas 0,75% do PIB no terceiro trimestre e retração de 2% no quarto.

Antes que o Fed ligue novamente a máquina de imprimir dinheiro e inunde o mundo de liquidez, o BC do Brasil preferiu sair na frente e derrubar os juros. Como agiu sem aviso prévio, depois de subir a Selic no mês passado, acabou virando alvo de pesadas críticas. No exterior, pode se considerar encerrada a lua de mel entre o BC e os investidores estrangeiros, que durou uma década.

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