Davos: capital privado pode reduzir buraco de US$ 700 bi por ano de investimento em biodiversidade

Estudo do banco UBS divulgado às margens de evento na Suíça defende colaboração entre governos, indústrias, universidades e comunidades para reduzir a perda de biodiversidade até 2030

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Aline Bronzati

DAVOS, SUÍÇA - Anos de negligência deixaram uma lacuna de investimentos na biodiversidade e soluções ligadas à natureza, alerta o banco UBS, em estudo publicado nesta segunda-feira, 15, às margens do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O capital privado é essencial para fechar esse espaço, que chega a US$ 700 bilhões por ano, e cumprir as metas estabelecidas até 2030, segundo o conglomerado financeiro.

PUBLICIDADE

“A perda de biodiversidade exige uma ação rápida. A colaboração entre governos, indústrias, universidades e comunidades é fundamental para acelerar e dimensionar as soluções necessárias para reduzir a perda de biodiversidade até 2030″, diz o CEO do Grupo UBS, Sergio Ermotti.

Cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) global é dependente da natureza ao menos moderadamente, destaca o estudo Bloom or bust (florescer ou falir, em tradução livre), publicado pelo banco suíço.

“Como resultado, há um interesse crescente de investidores, empresas e governos em como mobilizar capital para soluções centradas na natureza”, acrescenta.

Publicidade

O CEO do Grupo UBS, Sergio Ermotti, durante participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos  Foto: Laurent Gillieron/Efe/Epa

O Acordo de Paris para a natureza, fechado em 2022, foi um reconhecimento da importância da biodiversidade após anos de negligência, segundo a publicação. Os dois principais objetivos são reverter a perda de biodiversidade global até 2030 e alcançar um mundo positivo para a natureza até 2050.

“O desafio é a concretização e, com base nas metas, será uma corrida contra o tempo, especialmente para cumprir o prazo de 2030″, conclui o UBS.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.