Diesel menos poluente tem estoque baixo no Estado do Rio

Na semana passada, estoques estavam em 'menos de dois dias', quando o normal é para cinco dias

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Por Vinicius Neder e RIO

As distribuidoras de combustíveis no Estado do Rio estão com estoques baixos de diesel S-50, tipo menos poluente do combustível adotado a partir de janeiro, afirmou ontem o presidente do Sindicato Nacional das Distribuidores de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz.Na quinta e na sexta-feira, os estoques estavam em "menos de dois dias", quando o normal é de cinco dias.Segundo Vaz, houve problemas na produção do S-50 na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na região metropolitana do Rio. "Houve problemas na refinaria nas últimas semanas, que levaram a uma redução na oferta. A Petrobrás está se mobilizando para superar isso", afirmou Vaz, após participar do 1.º Encontro de Logística de Biocombustíveis do Rio de Janeiro. O problema estaria afetando todo o Estado do Rio. O presidente do Sindicom não soube dar maiores detalhes sobre o problema na Reduc, classificando-o apenas como "técnico" e localizado na produção.Procurada, a Petrobrás não respondeu até o fechamento desta edição.Para Vaz, problemas dessa natureza mostram as dificuldades da infraestrutura logística de combustíveis no País, ao mesmo tempo em que a demanda cresce a taxas elevadas. "A Petrobrás disponibilizou S-50 para buscar em São Paulo. Aí tem de contratar caminhão", afirmou.Na palestra, Vaz garantiu que o novo tipo de diesel está disponível em todo o País, apesar dos problemas logísticos. Os custos de distribuição, porém, contribuem para elevar o preço, que varia de 5% a 10% acima do diesel convencional. Quanto mais ao interior uma localidade, mais próxima de 10% é a diferença e, em muitos lugares, como Brasília, o transporte responde pela maior parte dela. Um dos problemas, segundo Vaz, é que o volume de S-50 no mercado ainda é muito pequeno, já que o modelo adotado no Brasil tornou obrigatório o diesel menos poluente apenas para frota nova. Além do crescimento na demanda por combustíveis, a infraestrutura de logística estaria em estresse por causa do aumento da importação de gasolina pela Petrobrás. De acordo com Vaz, muitas vezes o produto importado é entregue em locais diferentes dos usuais.

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