As instituições bancárias associadas à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) encerram definitivamente o sistema de transferências via Documento de Ordem de Crédito (DOC) nesta quinta-feira, 29, após 39 anos de existência.
O encerramento da modalidade começou no dia 15 de janeiro deste ano, data limite de oferta do serviço de emissão e agendamento do DOC para pessoas físicas e jurídicas - a data máxima de agendamento do DOC era esta quinta, 29 de fevereiro, para que os bancos terminassem de processar os pagamentos e finalizassem o sistema. Além do DOC, também deixa de existir a Transferência Especial de Crédito (TEC).
O DOC foi criado pelo Banco Central em 1985. Por meio dele, os clientes faziam transferências para outras contas bancárias, mas a operação só era efetivada no dia útil seguinte em operações feitas até às 21h59 daquele dia. Se o DOC fosse feito a partir das 22h, só caía na conta do beneficiário no segundo dia útil seguinte.
Já a TEC foi criada pelo BC para que empresas pagassem salários e benefícios aos funcionários, mas também caiu em desuso. A TEC garantia a transferência de recursos até o final do mesmo dia.
Nas duas modalidades, o valor máximo transacionado era de até R$ 4.999,99, que poderia ser agendado para beneficiar outra conta, inclusive de um banco diferente. Nos últimos anos, o DOC e a TEC perderam espaço para o Pix, sistema de transferência instantânea do Banco Central sem custo para pessoas físicas.
Mesmo antes do Pix, o DOC enfrentava a concorrência de um meio de transferência mais rápido: a Transferência Eletrônica Disponível (TED), que foi criada em 2002 e que permite que o envio de dinheiro seja efetivado no mesmo dia caso a operação aconteça até às 17h. A TED continuará existindo, e é um meio de pagamento popular para transferências de grandes valores.
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