O Ibovespa ensaiou se firmar acima dos 106 mil pontos, com ganhos em torno de 0,5% na tarde desta quinta-feira, 27, depois de cair mais de 2% no período da manhã, mas voltou ao terreno negativo, com a piora dos índices de ações em Nova York e especialmente do petróleo.
O principal índice da B3 fechou o dia com queda de 2,59%, aos 102.983,54 pontos, tendo chegado à máxima a 106.656,32 pontos. No câmbio, depois de bater em R$ 4,50, o dólar diminuiu o ritmo de alta e fechou cotado a R$ 4,4764, com avanço de 0,79%, nova marca recorde.
A Bolsa brasileira chegou a acompanhar a melhora em Nova York, onde o mercado reagiu a comentários mais otimistas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano. "Obviamente estamos monitorando o coronavírus", disse o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans. "Tendemos a pensar que efeito econômico do coronavírus será temporário."
Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, minimizou as chances de a instituição realizar uma resposta imediata ao avanço do coronavírus. A dirigente disse que o surto ainda não está em uma fase em que tenha efeitos duradouros na inflação.
No noticiário corporativo, a Starbucks reabriu centenas de lojas na China que tinham sido fechadas em função do surto da doença.
O Santander informou que o presidente do banco no Brasil, Sergio Rial, foi indicado para fazer parte do Conselho de Administração global do grupo espanhol, o que impulsionou os papéis do banco.
Na quarta-feira, 26, a Bolsa recuou 7% e a moeda americana se aproximou de R$ 4,45 e terminou o pregão com valorização de 1,11% no mercado à vista, em novo recorde, cotado a R$ 4,4413, num movimento limitado pelos leilões de dólar anunciados pelo Banco Central.
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